Capítulo 42.

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Mando a localização pra Bruno e abaixo a cabeça, mas sinto que vou vomitar e levanto de volta. Ricardo riu ao meu lado e me ajudou a ficar com a cabeça levantada.

─ Vamos combinar de sair qualquer dia desses?

─ Pode ser, manda mensagem ou sei lá ─ minha vista ainda gira.

─ Vou voltar pra festa. Quer que eu diga pra suas amigas vim ficar com você aqui? ─ ele pergunta se levantando e assinto me apoiando no banco mesmo pra não cair.

Ele me dá um beijo no canto da boca e volta pra festa, dentro de minutos Maysa e Júlia aparecem. Elas também estão meio alteradas e sorrindo pro vento. Eu também estava sorrindo, não estava bêbada e sim tonta. Se tivesse bêbada já estaria aos prantos.

Elas ficam conversando coisas aleatórias comigo que continuo tonta e com a cabeça pesada.

Quando avisto a hilux estacionando ali perto eu me levanto e abraço as meninas, vou andando cambaleando até lá e rindo, é preciso abrirem a porta pra mim. Com dificuldade entro na hilux, me deparo com Bruno com uma carranca enorme, ele estava só de calça moletom, seu rosto estava todo amassado pelo sono e os cabelos bagunçados. Ele estava tão fofo que quis esmagar ele só de ver.

Ele olhou pra frente, trocou de macha com o celular ainda na mão e saiu dali.

─ O que você bebeu? ─ lá começa ele.

─ Uma mistura, caipiroska? Tequila? Líquido azul? ─ gargalho e ele nega com a cabeça.

─ Você fica sozinha lá, a mercê de qualquer pessoa... e se algo acontecesse? Hein? ─ que chato.

─ Tô bem, só tô meio tonta.

─ Grande definição de "estou bem". Já imaginou se alguém colocasse droga na sua bebida? Merda, Lara! ─ diz exasperado. Eu bufo.

─ Para, Bruno ─ rolo os olhos. ─ Já disse que tá tudo ótimo. Eu estava com minhas amigas... não quero brigar.

─ Certo ─ ele diz e aumenta o som.

Chegamos no apartamento dele e desci do carro, ele pegou minha bolsa que estava no banco de trás e veio me segurar até o elevador.

Abracei ele pela cintura e encostei minha cabeça em seu peito fechando os olhos e inalando seu cheiro inebriante.

Chegamos no andar dele e fui logo tirando a roupa, ele me fez tomar um copo de água cheio e mais uma dorflex, depois me fez comer algo e só então me levou pro banheiro.

Me despiu, e mesmo não deixando de olhar cada parte do meu corpo ele me deu banho.

Estava me sentindo uma criança.

Ele me entregou minha escova, e depois de eu me enxugar e escovar os dentes me joguei na cama de Bruno com sono. Ele veio em seguida e se enroscou em mim.

Nos embrulhou e me apertou em seus braços, ficamos de conchinha, sentia seu cheiro nos lençóis e travesseiro.

─ Você estraga qualquer festa, sabia? ─ sussurra em meu ouvido.

─ Eu sei bem ─ retruco me acomodando em seus braços como uma criancinha sonolenta.

E assim dormimos abraçados, em um conforto indescritível.

Só eu e meu idiota, no nosso paraíso.

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now