Capítulo 54.

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Depois do restaurante fomos pra praia caminhar um pouco, no arpoador mesmo

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Depois do restaurante fomos pra praia caminhar um pouco, no arpoador mesmo. Bruno vestiu um moletom cinza que estava dentro do carro e seguimos pra orla, a praia estava deserta, a maré agitada e ventava frio. Mas em compensação éramos privilegiados por um céu estrelado magnífico, e o frio nem incomodava tanto assim.

Caminhávamos de mãos entrelaçadas observando o céu, apostamos corrida, caímos juntos na areia e gargalhamos muito. No final, estávamos abraçados sentindo a maré tocar nossos pés, eu me tremia, o frio estava de matar. E Bruno percebeu, e me obrigou a vestir o moleton e ficar abraçada com ele me esquentando.

Voltamos mais tarde pro apartamento dele, e tomei um banho rápido me jogando na cama. Peguei meu iPad e chamei meus pais, no terceiro toque np skype mamãe me atendeu sorridente.

─ Oi, meu amor ─ ela riu deitada, deviam estar dormindo. ─ Tá onde?

─ Hm... casa da amiga ─ digo meio alto justamente pra Bruno, que estava tomando banho, ouvir. ─ Como vocês estão? Cadê o papai?

─ Estamos bem, anjo. Morrendo de saudades mas bem, seu pai está fazendo um churrasco... e como você está? ─ ela ri de um jeito doce e amável, eu sinto tanta saudade que sinto meu peito doer.

─ Bem... só com muita saudade de vocês dois.

─ Você recebeu as coisas que mandamos? Você gostou? ─ minha mãe havia me enchido de presentes, ela havia viajado com o papai pra visitar as lojas que estavam construindo na China, e lá comprou várias coisas.

─ Eu amei! ─ digo sincera. ─ Arthur também, tanto é que roubou algumas coisas.

Nós duas rimos. Mamãe se embala na conversa, pergunta como estou em todos os sentidos, logo papai chega comendo seu churrasco e conversávamos sobre tudo. Eles me contavam como estava indo pela Itália e sobre o dia deles, e eu também contava meu dia e como estava na escola. Meu pai sempre me fazia gargalhar em qualquer situação, tudo que ele falava me trazia uma pitada de graça. E pela primeira vez em todas as vezes que conversávamos, ele não tocou no assunto de gravidez, neto e como ele estava novo. Eu até estranhei.

─ Então... vai vim passar as férias com a gente, não é? ─ mamãe perguntou animada mas eu já estava com outros planos.

─ Mãe... o Arthur... ele combinou uma viagem ─ dei um sorriso. ─ Vai ser legal, e eu quero muito ir. Vou embora no final do ano e quero aproveitar o quanto posso aqui.

Em pensar que no final do ano eu iria embora pra Itália me fazia ficar louca, nem gostava de pensar. Me ver longe de Bruno era doloroso até demais, mas não sabia ainda o que fazer.

─ Ah, filha ─ mamãe fica triste. ─ Nós já estávamos planejando tudo, queríamos tanto você aqui no seu aniversário.

─ Catarina! Pare de ser chata com a garota! ─ meu pai se intromete. ─ Deixa ela viver, viva minha filha, beba muito, roube um carro, raspe a cabeça e faça uma tatuagem. O papai te tira da prisão, eu juro.

Paraísos PerdidosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora