Capítulo 17.

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Bruno volta pra sala após um tempo vestido em uma bermuda jeans desgastada e também meio caída, ele enxuga os cabelos com uma toalha de rosto. As gotas escorrem por seu peitoral e abdômen de forma lenta, como se apostassem uma corrida. Mordo o lábio meio tentada, isso seria provocação?

Ele me olha e disfarça o olhar indo colocar lasanha pro mesmo... ótimo! Ele nem sabia o que lhe esperava.

Nesse momento a porta se abre, quem adenta pela cozinha é Diego, ele está com uma camisa social e uma calça jeans, lhe caía muito bem, principalmente pelo seu tom de pele.

Ele sorriu pra mim e bateu na cabeça de Bruno, meio que do nada, e os dois começaram a se estapear com brincadeira... duas crianças.

─ Opa... lasanha ─ Diego soltou Bruno e foi atacar a lasanha... ah não.

Ele pegou um pedaço e comeu mas logo Bruno empurrou ele e pegou o prato saindo correndo.

Meu Deus... o que tinha feito? Diego não fazia parte da minha vingança, e logo fiquei preocupada, meu alvo era Bruno e agora os dois iriam ficar com caganeira.

Eu quis rir, mas me segurei e voltei pra minha série assistindo-a.

Eles ficaram conversando lá pra cozinha e eu fiquei na sala, depois de um tempo a porta se abriu e entrou Arthur e Peter, meu primo estava mega suado e mesmo assim se jogou em cima de mim.

─ Credo Arthur, tu tá suado ─ tentei empurrar ele mas o mesmo me abraçava e me deu um mega beijo na bochecha.

─ Quero um beijo na bochecha também ─ ele pede mostrando a bochecha toda suada, eca.

Meti a mão na cara dele.

─ Tá muito agressiva ─ me enche de beijinhos molhados.

─ Solta a menina, coisa chata ─ Peter empurrou Arthur e ele caiu no chão.

─ Vou dar um golpe de karatê na tua cara ─ Arthur se levantou e se armou pra Peter que só jogou sua mochila no chão e fez um golpe.

─ Só vem e sinta a fúria do gafanhoto do kung fu ─ eu já estava morrendo de rir.

Os dois se encararam por um tempo naquelas posições loucas e foram um pra cima do outro imitando uma luta de karatê/kung fu? Afinal, que luta era aquela?

Diego e Bruno chegaram e cruzaram os braços negando com a cabeça.

─ Sabem nem lutar ─ Diego diz e abre a camisa social. Gostoso. ─ Sinta a fúria da garça louca!

Diego vai pra cima dos dois que estão enroscados no chão e aquilo vira uma suruba só. Bruno só sabe negar e rir, ele era mais sério quanto à isso. Realmente, quando disseram que Bruno é o mais cabeça daqui eles estavam certos.

─ Não vai mostrar sua fúria de brutamontes não, idiota? ─ falei pra Bruno e ele suspirou.

─ Não vai mostrar a sua de pirralha mimadinha? ─ pergunta e nego passando a mão no cabelo.

─ Essa fúria é rara pra todos verem ─ digo toda convencida.

─ Caralho, Diego ─ Arthur sai de cima do "trio da fúria do kung fu". ─ Tu tá podre de fedido, o que tu comeu.

─ Ai porra, tô me cagando, me borrei, sério porra, vou cagar em ti me larga!

Diego fala e sai correndo, eu começo a gargalhar igual uma louca e logo vejo Bruno disfarçando e se saindo aos poucos dali.

Será que usei muito laxante?

Gargalhei alto junto de Peter e Arthur.

─ Foi a lasanha? ─ Peter perguntou e dei de ombros.

─ Em mim não afetou em nada ─ digo rindo.

Os meninos vão tomar banho e eu volto à assistir dando um sorriso de satisfação.

Quando o sono bateu, lá por umas nove e meia fui pra cama.

Entrei no quarto vendo Arthur no computador estudando, era isso mesmo produção? Não acredito não.

─ Estudando? É isso mesmo? Vai chover, sério ─ digo e ele se vira pra mim dando língua.

─ Que estudando... tava vendo vídeo pornô mas tu entrou né, cuzona ─ ele diz e rolo os olhos.

Escovo os dentes e vou pra cama dormir.

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now