Capítulo 30.

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Acordo com o sol que esquentava meu rosto, me viro e abro as pálpebras devagar, e assim que consigo raciocinar tudo que aconteceu e onde estou me surge um sorriso enorme nos lábios. Passo a mão no espaço vazio da cama, constatei que ele já deveria ter ido, os meninos já devem ter acordado.

Pego meu celular e já são nove e dezenove, desbloqueio e vejo uma nova mensagem de Bruno, era uma foto. Eu dormia e em minha testa estava escrito com meu delineador "Bruninho" e um coração, sorri e abri a câmera vendo minha testa riscada e passando a mão ali pra tinta da sair.

Cretino!

Me espreguiço sentindo meu corpo meio dolorido, uma dorzinha boa, em minhas coxas, dou um sorriso e me levanto.

Vou fazer minhas necessidades, escovar os dentes e jogar uma água no rosto.

Depois enxugo com a toalha de rosto e volto pro quarto indo até a janela de vidro e me apoiando no parapeito, observando as pessoas que já estavam lá em baixo na praia e observando o mar que estava calmo.

A porta de repente é aberta. É ele. Meu coração se acelera e sinto todos os cabelos do meu corpo de pé, trás consigo uma bandeja, nele um café da manhã reforcado.

─ Bom dia ─ adentra ao meu quarto e fecha a porta com o pé.

Bruno estava magnífico, usando uma camisa cinza e uma bermuda tactel da adidas preta. Me virei e fiquei olhando ele colocar a bandeja em cima da cama.

─ Bom dia ─ respondo após ele ficar só me olhando e olhando pro café da manhã.

Caminho até a cama e me sento do outro lado, tinha pães de massa fina e grossa, manteiga, café já com açúcar e leite, biscoitos e bolo. Me acomodo na cama e o olho.

─ Não tô com muita fome ─ explico e ele arqueia a sobrancelha.

─ É pra comer, ou então vai ficar aí sentada o dia todo comigo bem aqui.

Dou um sorriso e o olho, as lembranças da nossa noite invadem minha cabeça de forma que faz meus músculos tensionarem.

Pego a xícara de café e tomo um pouco, ele me entrega o misto e como.

─ Acordou bem? ─ ele pergunta de jeito fofo. ─ Peguei muito pesado ontem?

─ Estou ótima, e ontem foi maravilhoso, só estou com o corpo dolorido, faz um tempo que não faço.

─ Passa ─ ele se deita na cama encostando as costas na cabeceira. ─ Os meninos chegaram faz pouco tempo, Peter vomitou em Arthur, Diego quase morre afogado na cerveja.

─ Eles estão dormindo?

─ Tomando banho, já vão descer e a gente também já desce, beleza?

Eu assinto e como. Quando termino vou escovar os dentes, e pego um biquíni. Passo hidratante no corpo, desodorante, vesti o biquín, um cropped preto, um short azul marinho e calcei minha melissa, joguei os cabelos de lado e penteei rápido. Só peguei meu celular, passei perfume e sai do banheiro vendo Bruno ainda lá.

─ Vamos, vamos ─ vou indo na frente mas ele me puxa, ele cola nossos corpos e me aperta com seus braços fortes em minhas costas.

─ Não está esquecendo de nada? ─ ele olha em meus olhos de forma profunda, sinto um arrepio. Ele então cola nossos lábios em um beijo calmo, respiro seu perfume, toco seus cabelos lisos e sinto sua barba por fazer roçar em meu rosto. Terminamos o beijo um um selinho demorado e só assim pude sair das pontinhas do pé, merda, ele era muito cheiroso.

Paraísos PerdidosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora