Capítulo 28.

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─ Não vou entrar aí ─ digo negando com a cabeça pra Bruno que estendia a mão.

Hoje já era terça, e hoje iríamos pra Ilha Grande, os meninos alugaram o barco pra podermos ir. Eu estava com medo de entrar naquele barco e ir pra água, vai se eu me afogasse?

─ Olha garota, já tô por aqui contigo ─ Bruno bufa e aponta pra cabeça do mesmo.

Hoje parece que ele estava especialmente gostoso, usando uma bermuda jeans lavagem escura, uma camisa branca, suas chinelas, o óculos no rosto, cabelos penteados, porém, rebeldes e alguns fios caíam em sua testa. A bermuda era meio apertada, então vocês já sabem, aquele volume gostoso estava meio que marcado, claro que não estava duro, se estivesse era capaz de rasgar aquela bermuda ao meio.

─ E se o barco afundar? Igual no titanic? Vai dar a vida por mim?

─ Não vai, mas se não quiser ir fica aí sozinha, tinha uma surpresa pra você, mas né... ─ falou entrando no barco mas subi de uma vez.

─ Agora fiquei curiosa.

Era umas cinco da tarde, os meninos chegaram pra dormir só às seis da manhã, de acordo com Bruno, e agora já estavam mais que prontos pra outra rodada. Dormiram esse tempo todo, não é pra qualquer um, né não?

Eu iria no barco com Bruno, sim, ele iria pilotar e eu já estava meio que muito nervosa, tinha trauma de água e não sabia se era fundo ali.

Suspirei e me sentei fechando os olhos, mas soltei um grito quando Bruno saiu com tudo dali.

Nojento!

Os meninos iam de jetski, na verdade, dois deles já estavam lá, e Diego iria no jetski porque ele era doidão.

Não sabia pra bem onde nós estávamos indo, só soube por Arthur que tinha cerva e mulher bonita, literalmente a boca dele.

Fui de olhos fechados e rezando, e Bruno parecia gostar demais do meu medo, ele acelerava e parava, eu ia pra um lado e pro outro parecendo um saco de arroz.

Demorou um bucado aquela tortura, sentia uma mega vontade de vomitar, se possível vomitar em cima de Bruno que curtia com minha cara.

─ Chegamos! ─ ele anunciou e continuei de olhos fechados.

Ele se agachou ao meu lado e pegou minha mão devagar, foi quando eu ouvi as músicas tocando, me virei e não acreditei.

Henrique e Juliano, meu Deus! Sorri dando uns pulinhos e me virei abraçando Bruno que também riu.

O show deles era na praia, não sabia bem em qual praia ou ilha, tinha muitos barcos na praia e várias pessoas na pista de frente pra eles. Tinha gente bebendo, mulheres só de biquíni dançando e aproveitando o show, olhei pra minha roupa me perguntando se vim bem vestida, estava com um vestidinho soltinho na cor branca, os cabelos na prancha, a tiara de flor em meus cabelos e o biquíni florido por baixo.

Bruno foi guiando o barco até o outro barco que era onde meu primo e os meninos estavam, passei pro outro barco com a ajuda de Bruno e me pendurei abraçando meu primo que ainda estava sóbrio.

─ Eu sei bem que ama eles, mas tenho uma surpresa ainda maior, não toca só Henrique e Juliano, toca Jorge e Mateus também e por último Matheus e Kauan ─ ele fala e só falto dar um grito.

Já tinha ido em shows dele mas se eu pudesse morar com eles e escutar eles cantando 24 horas pra mim eu não pensaria duas vezes.

Bruno também passa pro iate e assim podemos ver eles cantando, me sentei só pra assistir totalmente encantada, peguei uma limonada e tomei já que Bruno não me deixou beber.

Os meninos bebiam e dançavam, tinha algumas meninas no iate por conta de ser maior e isso fez com que ficasse um pouco cheio de gente demais, dez pessoas é legal, agora Arthur inventou de chamar umas trinta, o show todo pra cá, olhei pra ele pra falar algo mas o vi agarrado com uma menina lá e deixei quieto.

As pessoas começavam a ficar na minha frente e eu já me estressava.

A noite caiu, Jorge e Mateus entrou no palco e começou a cantar e tive que ficar em pé pra poder ver, mesmo assim tinha muitos barcos, argh!

Fui até Bruno que estava em um sofá do iate com três garotas bonitas ao redor do mesmo.

─ Bruno? Vai comigo pra pista? ─ fiz minha cara de cachorro sem dono.

─ Qual é, priminha ─ fez uma cara nada boa. ─ Tá quase rolando uma suruba legal aqui.

Ele ri da própria piada e fico séria. Faço cara de quem não gostou nada e ele bufa.

─ Vai sozinha, horas ─ diz e bota a mão na perna da loira que me olhava com cara de nojo.

─ Não sei ir, mas se não quer me levar vou procurar algum menino por aqui que saiba o caminho pra pista.

Vou saindo mas ele me puxa.

─ Só vou contigo porque tem muito homem tarado por aí ─ ele fala baixo.

─ E você é o que? ─ pergunto rolando os olhos.

─ Um homem que não é tarado ─ sussurra e se vira pras meninas. ─ Garotas, vou levar a pirralha ali na pista, vocês me esperam?

Elas concordam na hora.

─ Não demora gostoso ─ a loira diz.

─ Quer que a gente te espere nuas? ─ a morena faz cara de safada e faço minha típica cara de nojo.

─ Bem... façam o que quiserem, volto rapidinho ─ fala e me puxa.

Ele vai reclamando todo o caminho pra pista, era uma passagem bem curta e tinha até umas pessoas se agarrando por lá, mas meu segurança fez minha passagem direitinho.

O show estava maravilhoso, tinha várias luzes pequeninas espalhadas em cordas, jogo de luz, e tudo mais.

A pista estava cheia, mas acho que o iate estava mais, sem zoeira.

Lá ficava bem melhor, eu e Bruno ficamos bem no meio olhando Jorge e Mateus cantar, Bruno estava emburrado.

Comecei a cantar e gritar, e ele me olhava com cara de paisagem, comecei a cantar a música de Jorge e Mateus pra ele, a música era "o que é que tem?", ele cruzou os braços e ficou me encarando com um olhar intimidador.

Comecei a pular igual uma doida enquanto cantava e acabei fazendo ele rir.

Cantei as últimas três músicas da noite de Jorge e Mateus pra ele de forma louca, ele? Só sabia rir e ficar me encarando.

E então... Matheus e Kauan entraram em palco, quase surtei.

Pulei em cima de Bruno e gritei feito louca. E vocês nem sabem com qual música ele abriu o show...

Paraísos PerdidosWhere stories live. Discover now