Vinte e Oito - Vingança e Outros Problemas

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Tranquei a porta atrás de mim, levei as mãos à cintura e fitei Dylan de olhos cerrados.

— Quem disse que eu quero fazer um body shot em você?

— Ninguém precisa dizer nada, eu sei que você quer desde que eu fiz em você naquela festa. — Dylan deu de ombros — E a vantagem agora é que nem precisamos de um copo. E eu não preciso usar de todas as minhas forças para não te beijar.

— Só para parar de me beijar.

— Provavelmente. Não é algo sobre o que eu tenha controle.

Soltei uma risada maldosa.

— Você é muito sincero entre quatro paredes, Dylan, gostaria que fosse assim também quando o assunto é por que está me investigando?

— Gostaria de poder falar, assim talvez você acredite na veracidade de meus sentimentos. Mas ainda não posso, não chegou a hora. Já andei fora da linha demais.

Ignorei tudo o que ele disse, e foquei só em uma coisa:

— Espera aí, sentimentos?

Foi ele, entretanto, que ignorou essa parte. Deu uma risadinha maliciosa, aproximou-se da mesa de sinuca, bateu a garrafa de tequila no tampo de feltro roxo, tirou a camisa e disse:

— Vem ou não?

Engoli em seco. Por algum motivo, aquela sequência de atos dele ficou repassando em câmera lenta na minha cabeça. Tive frio na barriga e incômodo entre as pernas. Apertei as coxas umas nas outras instintivamente, e acho que também mordi o lábio inferior quando meus olhos se perderam no torso nu de Dylan. A calça jeans tinha cintura mais baixa, a barra da boxer Calvin Klein estava à mostra, assim como as entradas que davam início ao tanquinho perfeito. Era uma cena e tanto. Uma que eu nunca cansaria de apreciar, especialmente porque ele continuava com aquele sorrisinho.

Não havia mais motivo para esperar. Atravessei a biblioteca/sala de jogos a passos decididos (para não dizer ansiosos), parei na frente dele e o empurrei contra a mesa de sinuca. Dylan não se opôs, deitou-se lentamente, os olhos fixos nos meus, pura expectativa. Adotei minha melhor expressão devassa. Quando ele estava por perto, não me exigia grande esforço trazer a Madison fatale à tona. Era natural.

Arranhei de seu peito ao baixo ventre. Dylan encolheu a barriga, o ar escapou com força por entre seus lábios. Seus olhos cerraram, porque a excitação foi mais forte do que qualquer provocação que ele planejava. Era eu quem estava no comando naquele momento.

— Vamos fazer esse body shot do meu jeito.

— Do seu jeito?

Assenti.

— Do meu jeito envolve tequila por partes do seu corpo nas quais sempre quis minha língua.

Ele quase engasgou com sua risada.

— Já acho o melhor jeito de todos.

Peguei a garrafa de tequila sem desviar os olhos dos dele, que me encaravam em profunda ansiedade. Tirei a tampa com os dentes, ao que Dylan riu outra vez. Joguei a tampa por cima do ombro e subi na mesa de sinuca, uma perna de cada lado dele. Sentei em cima do que era o início de sua ereção, e sua expressão de sofrimento foi impagável.

— Vou começar por aqui. — arranhei um dos gominhos perfeitos em sua barriga. — O que você acha?

Dylan se apoiou nos cotovelos e respondeu:

— Faça o que quiser, Panda, meu corpo pertence a você.

Nunca me senti tão poderosa, meu peito inflou. Mordi o lábio inferior enquanto derramava lentamente o líquido dourado. Acompanhei com atenção o caminho que fez, do início de seu peito até o cós da boxer. Peguei uma das fatias de limão e a coloquei na boca de Dylan. Em seguida, ajeitei-me na mesa, olhando-o por baixo das pestanas, um sorriso malévolo era meu cartão de visitas. Enfim lambi de baixo a cima, e continuei do peito ao pescoço, até morder seu queixo. Busquei com minha boca o limão que estava na dele, chupando-o e jogando-o longe.

Desvio de CondutaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora