Capítulo 109 - A ambição por mais poder

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O clã Fai era conhecido por ser um grandioso clã e por manter relações sociais sem intrigas. Porém, por agora, as coisas começaram a tomar outro rumo, já que o novo líder do clã era Fai Xin e por sua energia pesada e um tanto podre, tanto alguns humanos quanto as criaturas de Diyu, em específico as hulijings, começaram a temê-lo.

Os humanos que passaram a sentir calafrios diante da presença de Fai Xin foram, na maior parte, os que acreditavam intensamente nos sentimentos das hulijings e passaram a admirá-las. Essa adoração a criaturas de Diyu sempre deixou o líder enfurecido, pois, em sua mente, elas não mereciam ter tal status pelos homens. Essa ideia apenas foi crescendo a cargo de grandes e incontroláveis fofocas que os outros líderes dos clãs e superiores começaram a contar quando Fai Xin assumiu o poder. Em uma das reuniões mais importantes entre os três maiores líderes ou irmãos jurados, conhecidos como os Supremos Invioláveis, juntamente ao responsável pela organização do vilarejo de hulijings aconteceu a primeira ação contra as raposas em falas diretas e ignorantes.

A raposa superior, nessa reunião, havia decidido levar seu filho para que ele aprendesse melhor a como conversar sobre política com os humanos, para que, futuramente quando desejasse e mudasse sua forma humana para uma versão adulta, pudesse ajudá-lo.

Quando ambos chegaram na sala de reuniões de Fai Xin, se depararam com Wei Ming comendo uvas e sorrindo, enquanto exibia constantemente seus cabelos castanhos acobreados que estavam amarrados em uma trança. Hong Lan, por sua vez, estava sentado ao lado do líder do clã Fai, mostrando a ele algumas artimanhas para novas conquistas de territórios. Porém, suas falas foram pausadas quando viu as duas novas presenças dentro da sala.

"Por que trouxe esse garoto para a reunião, Laoshi BingWen?", Fai Xin questionou o responsável do vilarejo de raposas, que havia se nomeado a pouco tempo como Laoshi BingWen graças a sua esposa, que deu a ideia de todas as raposas pensarem em um nome para si mesmas, com o intuito de se parecerem ainda mais com os humanos e as relações serem mais fáceis.

"Ele é meu filho e estou querendo ensiná-lo sobre política. Por isso, o trouxe", BingWen respondeu, com um sorriso calmo no rosto.

A criança de cabelos acinzentados, por outro lado, estava com os pelos arrepiados. Sentia como se aqueles três homens fossem como predadores e só estavam esperando a hora certa para atacá-los.

"Ele é bem bonitinho. Esses olhos roxos são espetaculares. Deve fazer um grande sucesso com as meninas humanas", Wei Ming comentou, comendo a última uva do cacho e depois jogando sua franja para trás.

BingWen se recusou a responder. Ele já estava um pouco impaciente com o líder do clã Wei, pois, graças a algumas palavras de duplo sentido que dizia nessas reuniões, Fai Xin começou a ficar com certas paranoias das relações mais íntimas entre hulijings e humanos. No último assunto a respeito, Wei Ming mencionou a "fofoca" sobre uma raposa utilizar seus dons de manipulação a seu favor e "devorar" uma humano tanto sexualmente quanto sua força vital, o que não era nem um pouco ligado a uma atração romântica. Esse tópico causou uma repercussão entre os líderes do clã e Fai Xin, com raiva, estava com uma hipótese de proibir as raposas a terem relacionamentos com os humanos e justamente por esse ponto a reunião foi convocada.

"Ele tem um nome?", Hong Lan perguntou, quebrando o gelo entre Wei Ming e Laoshi BingWen.

"Meu filho ainda não pensou em um nome para si. Mas, tenho certeza que fará uma escolha sábia e significativa", o responsável pelo vilarejo das hulijings respondeu, soltando um suspiro em seguida para acalmar os nervos.

O líder do clã Hong assentiu com a cabeça, compreendendo as palavras do outro homem. Fai Xin, um pouco impaciente, cortou o assunto sobre a criança raposa e deu início ao tópico polêmico que trouxe à tona nessa reunião.

The Cultivation of the GazeWhere stories live. Discover now