Capítulo 62 - Campeonato dos Peões II

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Como a sala programada para esse campeonato era extremamente extensa, os convidados escolhiam uma mesa próxima aos cantos e bem no meio havia um piso marcado para as lutas, a fim de que todos os líderes pudessem satisfazer seus olhos com tais batalhas entre os peões de cada clã. 

E agora, quem estava no meio da sala, esperando o sinal para o início de um combate, era Hu Long, que tinha seus olhos perdidos e com um certo receio de lutar contra essa mulher misteriosa, que certamente não era uma criatura normal.

Fai Chen, que estava sentado bem próximo do líder Hong, conseguiu claramente entender o que se passava dentro da mente de seu companheiro e graças a essa compreensão, o cultivador começou a suar pelo tamanho nervosismo do que poderia acontecer diante dessa disputa, entre um homem tão poderoso quanto Hu Long contra uma mulher com uma áurea tão forte que assustaria qualquer humano que passasse por ela.

Essa luta realmente seria de tirar o fôlego.

Então, Hong Lan, observando que tanto seu peão quanto o do clã Wei estavam em suas formações para começar a lutar, apenas estalou uma única vez seus dedos e disse em um tom de voz alto:

"Comecem, peões."

Após essa confirmação a luta entre os dois jovens começou. De início, alguns líderes que estavam curiosos começaram a cochichar.

"Quem iremos apostar?", perguntou um senhor mais velho.

"Em Hu Long, é claro. Ele é o Assassino de Olhos Sanguinários. Ninguém pode vencê-lo", respondeu um outro senhor que estava bebendo.

"Quem é a garotinha? Ela tem cara de concubina, não de guerreira."

"E isso importa? É linda e meus olhos agradecem pela visão."

"Claro que importa. Se ela é uma concubina, poderá abrir com mais facilidade as pernas. Se for uma guerreira, é mais fácil ela quebrar as nossas e..."

As palavras do senhor mais velho foram incrivelmente cortadas quando simplesmente um grito ecoou pelo meio da sala, vindo da boca de Wei Qiang, que acabara de ganhar um golpe na barriga.

Hu Long não gostava de estar machucando uma mulher e principalmente sendo obrigado a isso para não acabar com seu disfarce, mas ele não tinha muitas opções, já que a mesma estava o olhando com tamanho ódio e parecia desejar arrancar suas tripas.

Sim, esse era o sentimento que Hu Long entendia quando trocava algum movimento com Wei Qiang.

Desde o começo da luta, o assassino reparou que a guerreira era incrivelmente rápida e além dessa característica, seus punhos eram fortes. Sendo mais específico, se ela realmente desejasse o destruí-lo, um único soco o faria perder a noção de seus membros e movimentos.

Enquanto Wei Qiang lutava, um sorriso sádico às vezes aparecia e seus lábios eram mordidos por suas presas afiadas, deixando ainda mais claro para Hu Long que tinha um sangue de yaomo em seu corpo ou ela fosse até mesmo uma criatura de Diyu.

No final das contas foi pura sorte que o assassino conseguiu atingir sua barriga. Porém não ousou nem sequer comemorar, pois em questão de segundos depois do grito doloroso da jovem, um riso foi solto de sua boca. O mais alto arregalou os olhos pela resposta de Wei Qiang sobre seu movimento, já que não estava acostumado com oponentes tão resistentes. E suas expectativas foram imensamente ultrapassadas quando, na velocidade da luz, sentiu seu peito ser arranhado com tanta força que fizera até seu tecido ser rasgado e a superfície da sua pele arder.

Hu Long mordeu seus lábios, como uma forma de segurar o grito de angústia que tinha sentido quando fora machucado daquela forma, sem sequer uma única arma e sim com unhas. 

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