Capítulo 112 - O herdeiro do clã Wei

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Assim que Qiang e Huli fugiram da prisão do clã Fai, o próprio líder declarou para que os trabalhadores e guerreiros não se desesperem e viver normalmente até que se esqueçam desse "probleminha". Para Fai Xin, dois yaomos enfraquecidos não lhe dariam más consequências. Além do mais, ele se recusava a ficar enfurecido com esse assunto por agora, já que nessa semana o futuro herdeiro do clã nasceria.

Porém, se tem uma coisa que os guerreiros não fizeram, foi esquecer desse assunto. Eram uma hulijing e uma jiangshi soltas pela cidade. Ambas podendo corromper as energias vitais de humanos. Seria realmente uma boa ideia líder Fai tê-los deixado para o lado?

Enquanto essas notícias percorriam pelas bocas dos guerreiros do clã Fai, os fugitivos estavam descansando em um dos ramos grossos de uma das árvores da floresta.

"Então, Huli, como será sua vingança? Pelo que percebi, você ficou muito interessado pelo futuro herdeiro do clã Fai", Qiang mencionou pegando algumas folhas e as mastigando. Quando Huli viu essa cena diante de seus olhos, ele não conseguiu se segurar e soltou uma mera risada, deixando a jiangshi enfurecida. "O que foi? Nunca viu uma morta-viva comendo folhas?"

"Não. Isso não é nem um pouco normal vindo de uma jiangshi", a raposa branca respondeu, cruzando os braços e encostando seu corpo na parte do tronco do ramo em que repousava.

"Quando eu era humana, adorava comer verduras. Agora, por mais que eu não sinta o sabor, gosto de repetir algumas ações do passado. Além do mais, a comida dos humanos é deliciosa. Eu daria tudo para comer um cacho de uvas."

Huli achava o jeito daquela jianghsi bem peculiar, o que deixava a conversa entre eles fluir normalmente.

"Em resposta a sua pergunta, o primeiro passo para uma vingança bem explorada é não dar o troco na mesma moeda e sim em duas", a hulijing começou seu pronunciamento, com um olhar calmo no rosto. "Não quero que apenas Fai Xin tenha o seu resultado merecido. Eu também quero jogar sujo."

"Jogar sujo?"

"Claro. Me vingar especificamente em Fai Xin não teria graça. Seria um jogo limpo. Não estou interessado nisso", os olhos roxos de Huli brilharam conforme pensava melhor em seu plano. Em resposta a aquele brilho, Qiang retribuiu com um sorriso, sentindo na pele que aquela raposa estava prestes a fazer de tudo pela sua vingança. "Quando a criança do líder Fai nascer... Ela viverá o inferno. Esse é meu objetivo."

"E como você pretende fazer isso, Huli?", a jiangshi perguntou, com uma imensa emoção em suas palavras.

Porém, antes mesmo que Huli pudesse continuar seus dizeres a respeito, ambos tiveram suas atenções roubadas por quatro vozes diferentes. Os yaomos olharam automaticamente para baixo e viram novas presenças masculinas no local. Todas usando arcos e vestidos de hanfus brancos. Pareciam verdadeiros seres celestiais.

"Temos que continuar o treinamento justamente aqui? Eu odeio florestas...", o menor entre os quatro comentou, soltando um suspiro abafado. "Essa trilha não terminará nunca?"

"Pare de reclamar. Você quer ou não subir de cargo dentro do clã Wei? Temos que mostrar ao líder Wei nossa disponibilidade em ajudá-lo, principalmente em um momento como esse", o maior respondeu, parando de caminhar e olhando para seus companheiros. "O filho de nosso líder está muito doente. Vocês sabem sobre isso, certo?"

"Claro que sabemos. Aquele pequeno nem sequer recebeu um nome. Sinto muito pela vida dele... Mal completou seus dois anos de vida e já é desmerecido pelo próprio pai", o guerreiro que usava um coque alto disse em um tom de voz melancólico, mostrando um lado mais emocional. "Ele não merecia ser trancado em um quarto. Como o pequeno melhorará se nem líder Wei tem esperanças sobre ele? Nossas energias liberam muitas coisas e..."

The Cultivation of the GazeWhere stories live. Discover now