Capítulo 113 - Uma mente invadida

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Fai Chen, o filho herdeiro do clã Fai, ao realizar seus 3 anos recebeu o que chamaram de "Benção do Imperador". De acordo com Hong Wu, irmão do líder Hong Lan, em um dos pergaminhos do Sacerdote Si, fundador do clã SiRou, mencionava que num certo momento apareceria uma criança abençoada pelo Imperador de Jade. O Imperador o presentearia com pares de olhos ligados às marés barulhentas, por envolver grandes e extravagantes sentimentos; e como o céu escuro, mas contendo inúmeras estrelas para serem analisadas.

Quando soube dessa notícia por uma das servas que manipulava, Wei Huli se sentiu totalmente transtornado.

"Por que... Essa criança teve sorte?", o jovem de cabelos acinzentados se lamentava encostado no armário do quarto. "É impossível... Fai Xin destruiu um grupo inteiro e ainda... Tem uma criança abençoada? Isso... Não faz sentido..."

Enquanto se queixava, a raposa também pensava no que fazer. Ele tinha que mudar um pouco a sua rota de vingança. Não sabia ao certo o que Fai Chen havia recebido dos céus como uma benção e primeiro precisava investigar para saber agir da melhor forma possível.

"Então... Você já soube da novidade, Huli?", uma voz conhecida apareceu bem rente aos ouvidos do maior. Ele se virou e viu Qiang, com o corpo ainda mais acinzentado do que a três anos atrás. "Enquanto devorava algumas energias vitais, escutei sobre Fai Chen e a Benção do Imperador. O karma não está funcionando na família Fai..."

Wei Huli revirou os olhos.

"Se o destino não quer trazer as consequências de ações do passado à tona, eu as trarei", a raposa branca comentou, olhando para aquela jiangshi, que parecia também mais forte. "Você se lembra que ainda está me devendo um favor?"

"É claro. Como poderia esquecer do jeito que me manipulou quando matei a falecida criança Wei?", Qiang retrucou, em seguida soltando um riso. "Estou brincando. Mas... Me diga. Finalmente terei minha dívida paga?"

"Ainda não. Eu apenas quero que se lembre disso."

O jovem de cabelos acinzentados abriu um sorriso maldoso, fazendo com que Qiang se irritasse e logo saísse daquele quarto pela janela. Ele tinha outros planos para aquela jiangshi e no futuro, certamente pediria pelo seu trabalho. Enquanto isso, seria ele mesmo que faria toda sua pesquisa sobre Fai Chen e a tal benção, que, entre alguns anos seguintes, foi chamada de "dom da verdade".

Para estar por dentro das novidades, Wei Huli saia algumas vezes pela cidade com uma versão feminina de seu corpo e não levantava sequer alguma suspeita. Seus cabelos ficavam curtos e fazia questão de mudar a cor de seus olhos, para um mel amarelado, não chamando tanto atenção. Assim, caminhava muitas vezes até os domínios do clã Fai e perguntava a algumas mulheres sobre o pequeno herdeiro.

Dentro de seus 6 anos de idade, a criança de olhos azuis escuros começou a treinar aquele dom, que podia ver o passado completo de qualquer pessoa assim que ficasse frente a frente a ela e a olhasse profundamente em seus olhos.

Fai Xin já queria treiná-lo para a guerra, na qual poderia usá-lo como um recurso de saber os verdadeiros locais de restabelecimento dos inimigos. Já Fai Wen, gostaria de treiná-lo para ajudar as pessoas a soltarem seus medos, se tornando livres dos pesadelos que corroem suas almas.

Mas quem ditava as regras a serem seguidas era sempre o líder Fai. Então, sua ideia foi negada e o homem a obrigou treinar Fai Chen para as guerras, ensinando-o as frases certas para descobrir territórios dos prisioneiros, os tipos de metódos de tortura, as armas e muito mais.

Até esse ponto, não foi novidade alguma vindo de Fai Xin. Wei Huli já esperava que aquele homem tratasse seu próprio filho como uma arma de combate. Era do seu típico caráter ganancioso.

The Cultivation of the GazeWhere stories live. Discover now