Capítulo 15 - O tentador feromônio II

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O cultivador estava muito nervoso e preocupado com o assassino, que permaneceu em uma breve mudez após sua pergunta a respeito do tentador feromônio que a raposa exalou. Por isso, Fai Chen estendeu seu braço esquerdo, com o objetivo de tentar tocar no ombro do rapaz próximo. Imediatamente, Hu Long pegou o braço do outro e apertou um pouco.

"Sim, eu inalei, Cegueta. Então, afaste-se de mim. Eu posso me cuidar sozinho", disse ao homem preocupado.

"Você está assim por minha causa, por que eu deveria me afastar?", o cultivador indagou, sentindo seu coração acelerar a cada palavra que saía de sua boca, que já estava um pouco trêmula de tanta aflição da situação.

"Se afaste. Eu estou falando sério... ou você prefere que eu lhe empurre?", a voz de Hu Long estava tão fria que poderia congelar o pobre Fai Chen, que estava severamente atormentado por deixá-lo desta forma.

"Hu Zhuang...", tentou chamá-lo mais uma vez, com o intuito de terem uma conversa e procurarem uma solução para isso juntos, entretanto, Hu Long estava vivenciando o caos dentro de si mesmo e, para o bem de Fai Chen, sabia que o melhor era manter uma certa distância entre eles. Para que isso ocorresse, Hu Long soltou o punho que apertava o do cultivador, levantou de onde estava e foi para um dos cantos das paredes úmidas da caverna.

A mão de Fai Chen oscilou por um momento, pois ainda procurava dentro da caverna pelo outro rapaz que, no caso, já estava um tanto distante do cultivador, deixando a culpa permanecer na mente do mesmo. Graças a essa emoção rodeando seu peito, minutos se passaram e Fai Chen pousou sua mão direita na cabeça, sentindo-a pulsar por pensar demais a respeito da condição de Hu Long.

Pensar demais com certeza afetaria o psicológico do cultivador, então pela primeira vez depois de tanto tempo agindo pela razão, seu corpo tomou posse e suas emoções o atingiram.

Ele se levantou de onde estava sentado e com o cheiro adocicado de Hu Long sabia exatamente onde ele estava na caverna. Não foi só com seu aroma que Fai Chen conseguiu decifrar onde o jovem estava, mas também pelos suspiros fortes e dolorosos, juntamente com o barulho das facas que caíam no chão algumas vezes, provavelmente pelas tentativas falhas de Hu Long de se manter forte.

Fai Chen correu para a frente e se sentou novamente no chão, mas dessa vez quase se jogando em cima do assassino. Já no lugar, pegou sua mão e começou a enviar energia espiritual de seu cultivo para ele, que não parava de resmungar.

"Cegueta... O que você... Por favor... Vá para trás...", Hu Long mencionou, usando um tom de voz fraco e sensível, que fez Fai Chen se envergonhar por um curto período de tempo.

"Hu Zhuang, pare com isso! Eu só estou lhe passando energia espiritual para você se acalmar, tem algum problema nisso? ", Fai Chen retrucou, tocando com sua outra mão livre em uma das bochechas do assassino. Com um simples toque, já conseguiu sentir bem como estava o corpo de Hu Long. Queimando.

"Tem... Você..."

"Eu?"

Uma risada vinda de Hu Long ecoou pela caverna, fazendo com que o cultivador, novamente, entrasse em seus pensamentos e ficasse paranoico com sua própria presença e ajuda. Mas, de certa forma, isso tudo foi finalizado quando a explicação para aquela frase veio seguidamente de uma força que estava sendo suprimida por esse tempo todo de Hu Long.

"Você é o problema, Cegueta", e então Hu Long apoiou as duas mãos nos ombros de Fai Chen e o empurrou para trás.

"Eu sou um problema?", o homem mais alto perguntou a si mesmo em um tom de voz baixinho, analisando a situação e talvez compreendendo-a melhor.

Hu Long estava com um veneno de desejo em seu corpo. Um feromônio de uma Hulijing. Portanto, ele estava sentindo um dos maiores momentos estimulantes de prazer em seu corpo e para não agir de uma maneira errada com o outro homem no mesmo ambiente que o dele, tentou segurar tudo isso dentro de si.

The Cultivation of the GazeWhere stories live. Discover now