007: Cassino Royale - Livro (29/12/2023)

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Devorado em poucos dias.

Anos 1950. Depois que Le Chiffre torra uma quantia pertencente aos soviéticos num investimento que não dá certo, o vilão fica desesperado em recuperar o dinheiro através de apostas no Casino Royale. Descobrindo o esquema, os britânicos enviam James Bond para derrotar Le Chiffre no jogo e desmoralizar o serviço secreto inimigo. Ele conta com a ajuda de Mathis, um agente francês, do oficial da CIA Felix Leiter, e da misteriosa Vesper, que também trabalha ao governo britânico.

É meu primeiro contato com o Bond literário (GoldenEye não conta, por ser novelização de um filme), e minha impressão foi tremendamente positiva. A escrita do Ian Fleming é uma delícia, ágil em criar suspense e ação – e mesmo interpondo descrições de locais, roupas, comidas e jogos, tudo contribui à narrativa e ambientação, além de ser fácil de acompanhar. Eu, por exemplo, rapidamente aprendi como se joga bacará, algo que não fazia nem ideia.

O Bond do livro é bem diferente do cinematográfico – creio que só a interpretação de Daniel Craig chegue perto. Ele erra, sangra, filosofa, até mesmo questiona os conceitos de bem e mal e a natureza de seu trabalho. Bem diferente de um agente infalível que solta tiradas a torto e a direito (embora eu também curta essa interpretação).

A obra é irretocável até a metade, quando acontece o jogo decisivo de bacará e o clímax. Os capítulos finais, centrados no relacionamento de Bond e Vesper, são meio arrastados – achei que o filme de 2006 melhorou e muito o material. Nada que comprometa a obra, porém. E eu gostaria de ter lido sem saber de antemão o plot twist.

Fiquei bem animado em ler tudo do personagem.

Próxima leitura: Viva e Deixe Morrer.

GOLDFIELD - Nerdices e análisesWhere stories live. Discover now