Resident Evil 3 Remake (25/04/2020)

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Game zerado três vezes, uma no modo Padrão, outro no Intenso, e por fim no Pesadelo (ainda estou criando coragem para começar no Inferno, principalmente devido a problemas que vou descrever adiante).

Preparem-se, pois minha opinião sobre esse jogo certamente é impopular, principalmente entre os fãs.

Vou começar falando um pouco sobre minha experiência com o Resident Evil 3 original.

Meu primeiro contato com a série RE foi como espectador: via os mais velhos jogarem, mas só fui pegar os games para eu mesmo desbravar na adolescência. Assim, já havia "assistido" ao RE1 e RE2 entre 1997-1998, na mesma época em que foram lançados. O RE3 demorou mais. Em 1999, ano em que o jogo saiu, trocamos o console de um PSX para um N64 (o qual, 6 meses depois, foi lamentavelmente roubado) – o que fez com que perdesse a época de lançamento do RE3.

Em 2000, após o furto, conseguimos outro PSX, mas ainda assim RE3 era um jogo que aparecia em casa timidamente, quase sempre emprestado. As jogatinas geralmente emperravam na parte do bonde, quando ainda havia uma dificuldade em entender inglês para se encontrar todos os componentes; ou partes esparsas do gameplay eram vistas por mim na casa de amigos.

Só fui realmente jogar RE3 para valer em 2003, no nono ano da escola – o último dos REs clássicos do PSX que terminei. O motivo de enrolar tanto tem dois motivos: primeiro, um trauma com uma tentativa de concluir o jogo no ano anterior (2002), quando cheguei à batalha contra o Nemesis na Clocktower sem itens de cura suficientes e teria que recomeçar o game do zero, o que então não fiz. Segundo: o próprio Nemesis e sua perturbação perseguindo a Jill pelos cenários.

Isso exposto, há uma lembrança que a mim sempre estará atrelada ao game: uma cirurgia para remover dois dentes. Nessa mesma época, um dos meus sisos estava nascendo adiantado, empurrando consigo um molar. No procedimento para tirá-los, acabei ficando de molho em casa por alguns dias, tendo acabado de zerar RE3 pela primeira vez. Ou seja, meu repouso consistiu em "farmar" pontos no modo Mercenaries.

Memórias afetivas à parte, vamos ao que eu achei do Remake do jogo.

A partir daqui, há SPOILERS ao longo de todo o texto.

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EXPECTATIVAS E FRUSTRAÇÕES

Toda a análise que farei a seguir com certeza é fruto das minhas expectativas desde meses antes do jogo sair. Quais seriam elas?

Bem, ano passado tive a oportunidade de jogar o Resident Evil 2 Remake. E, apesar de um excelente game em quesitos técnicos, terminá-lo seguidas vezes me causou enorme sensação de vazio (que faria até a resenha que eu fiz do jogo à época, se refeita hoje, não tão positiva).

Em janeiro deste ano, resolvei emular o Resident Evil 2 de PSX novamente, para verificar se esse sentimento tinha a mesma origem da qual eu suspeitava... e confirmei: a riqueza narrativa e as múltiplas variáveis de jogo (com os Cenários A e B, mais o "zapping game") tornam o Resident Evil 2 original uma experiência que eu desejo revisitar sempre que possível, enquanto o mesmo não ocorre com o remake, com seu enredo condensado, variação entre cenários inexistente e, sim, preguiça e simplificação em inúmeros quesitos.

GOLDFIELD - Nerdices e análisesWhere stories live. Discover now