007: Viva e Deixe Morrer - Livro (05/02/2024)

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O Serviço Secreto britânico suspeita que Mr. Big, chefe do crime no Harlem, esteja usando o tesouro escondido pelo pirata Morgan na Jamaica para financiar a SMERSH soviética nos EUA. Novamente se juntando a Felix Leiter e à misteriosa cartomante Solitaire, James Bond precisará confrontar a organização e eliminar sua fonte de fundos.

O segundo livro do 007 não é interessante como Cassino Royale. Embora conte com bons momentos, as descrições do Fleming começam a ficar excessivas e atravancam o fluxo da ação em várias partes.

Achei curioso como a obra foi adaptada em 3 filmes diferentes. Além de "Viva e Deixe Morrer", há elementos dela em "Permissão para Matar" (a ambientação na Flórida e Leiter virando comida de tubarão, com Bond se vingando) e "Somente Para Seus Olhos" (a tortura no recife de coral).

É importante mencionar ser um livro que envelheceu mal por ser tremendamente racista. Não só por termos e expressões, mas devido ao Fleming usar as teorias raciais ultrapassadas da primeira metade do séc. XX para contextualizar os vilões negros. Quando se julga com boas intenções, o autor faz referência ao "progresso das raças" (vejam só, é possível existir um "grande criminoso negro"!) e passagens que fariam a Srta. Morello morrer de inveja.

Feito num período pós-Direitos Civis, o filme de 1973 preferiu transformar a trama num blaxploitation. Isso traz outras problemáticas, mas com certeza contribuiu a ele ser melhor lembrado.

Acabei torcendo pelo Mr. Big do início ao fim.

Próxima leitura, "Os Diamantes são Eternos".

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