(Início da temporada):
Só vi comentários e mais comentários sobre esse episódio ao longo da semana (Episódio 03), e fui ver hoje. Confesso que não aguentei a curiosidade e fui ler spoilers tão logo começou o bafafá, então já assisti ciente do que ia acontecer - só não sabia como. Geralmente não ligo para spoilers - até me estimulam mais a assistir.
Confesso que eu GOSTEI do fim que o Jerome teve, porque eu não curti ele como Coringa desde o começo. Como fã das HQs, foge ao conceito do personagem um Coringa psicopata de nascença - e, sinceramente, tira toda a graça e complexidade do personagem (quem leu "A Piada Mortal" sabe do que falo). Ou seja, eu de certa forma torcia para que esse não fosse o Coringa verdadeiro, por mais que ache que o ator tenha sido desperdiçado, já que a atuação dele conseguiu ser uma mistura doida de Nicholson, Ledger e o visual clássico das HQs.
Na verdade o ideal seria que toda essa subtrama do Jerome houvesse sido descartada e só introduzissem um real candidato a Coringa mais adiante na série, e não de forma tão explícita - sem essa de "querer enganar o público". Até porque isso agora nos levanta uma série de questões. Como o Batman reagirá quando se deparar pela 1a. vez com o Coringa verdadeiro no futuro, lembrando-se do "proto-Coringa" que quase abriu sua garganta? Como esse negócio da "maldição do Coringa" realmente vai se fazer presente? Se formos pensar, eles QUASE fizeram o que o Tim Burton fez ao colocar o Coringa como assassino dos Wayne no filme de 89, ligando o personagem de uma maneira muito forte à infância do Batman. Fico me perguntando o que vai sair disso.
A série melhorou por sair do formato de "vilão da semana" e estar com uma história de fundo mais longa e sólida, mas preferia estar vendo mais da máfia e do Pinguim do que essa trama meio sem noção e cartunesca do magnata se tornando salvador de Gotham City. A personagem da Barbara não tem motivo para estar ali e já se perdeu completamente, tiraram o Loeb e a Essen muito rápido da história (nas HQs, o comissário de polícia AINDA É O LOEB quando o Batman começa a agir), e vão precisar resolver coisas como quem será o comissário agora.
Vamos ver o que virá agora. A série melhorou em questão de ritmo e estrutura, mas parece que os roteiristas ainda não fazem a menor ideia do que fazer com alguns dos personagens que estão ali.-----------------------------------------
Terminei de ver hoje a segunda temporada.
É meio triste falar isso, mas estou quase a abandonando.
A temporada começou bem. Resolveram investir em arcos mais longos e as coisas se desenrolarem com mais calma entre os episódios. O Bruce Wayne melhorou MUITO (já dando vislumbres do Batman em várias partes), ao contrário do personagem chato e deslocado da 1a. temporada. O plot do Coringa teve um final meio tosco, porém a ideia de ele ser uma "ideia" assombrando a cidade até que foi desenvolvida de modo legal na ambientação ao longo dos episódios seguintes. As performances do Pinguim e do Charada continuam sensacionais...Até eles chegarem no arco do Hugo Strange.
Hoje eu entendo perfeitamente o Christopher Nolan quando ele optou por não usar os vilões sobrenaturais/meta-humanos do Batman em seus filmes, pois numa ambientação mais realista em live-action há uma linha muito tênue entre os personagens ficarem bons ou ridículos.
Infelizmente, nesse seriado, ocorreu o segundo caso.
Um carnaval de gente voltar dos mortos, efeitos especiais ruins, atuações forçadas e motivações sem pé nem cabeça. Disso tudo, o que se salvou um pouquinho foi o Azrael, que deu um relance do personagem e da Ordem de São Dumas dos quadrinhos - mas o arco dele também teve um fim muito tosco. Enfim, toda a parte do Strange criando os vilões do Batman ficou bem sem noção e mal-explicada. Sem contar que a série contraiu a síndrome de Smallville: praticamente toda a galeria de vilões do Batman já está formada e o Bruce Wayne ainda é adolescente.
Optaram por essa bagunça ao invés de explorar a máfia, a disputa de poder em Gotham City, a corrupção... o que poderia ser muito melhor e não criaria todas essas inconsistências.
Enfim, espero que tome outro rumo e não insista em ficar trabalhando os personagens sem enredo a longo prazo, matando-os/ressuscitando-os à revelia - ou provavelmente vou desanimar de vez da série, mesmo sendo fanboy do Batman e costumando relevar muita coisa nesse sentido.
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GOLDFIELD - Nerdices e análises
Non-FictionLivro de não-ficção criado para unir críticas, análises e comentários de minha autoria sobre filmes, games, seriados e outras mídias relacionadas ao meio nerd/geek. Atualização constante com novos textos.