Far Cry 5 (30/07/2018)

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Campanha terminada, assim como todas as sidequests, e coletáveis adquiridos.

Nem entrei ainda no modo Arcade. Ainda entrarei para conferir, mas não pretendo jogar a fundo.

A análise a seguir terá SPOILERS permeados por todo o texto. Se você ainda não avançou consideravelmente ou terminou o jogo, NÃO leia.

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Acompanho Far Cry desde o 2, jogando os títulos na ordem. Desses, só não joguei o 1 e o Primal. É curioso como o 5 me deixou satisfeito em diversos aspectos e rompeu com certa mesmice em que a série estava caindo, mas ao mesmo tempo foi uma completa lacuna em outras.

Abaixo, os pontos mais relevantes:

NÃO TÃO POLÊMICO:

Far Cry, depois de colocar o jogador contra um traficante internacional de armas, piratas e um ditador totalitário em games anteriores, dessa vez escolhe o condado fictício de Hope County, Montana, como cenário - e os vilões da vez são um culto fundamentalista de base cristã chamado Portão do Éden, que tomou o condado e tem perseguido seus habitantes, forçando conversões e militarizando a região em nome de um suposto fim do mundo iminente.

Quando esse contexto foi anunciado, acreditei que o jogo causaria bastante polêmica. Fora o burburinho pré-lançamento, coisas como "Muçulmanos vocês não colocam" e afins, dá pra ver que a Ubisoft usou de muito tato na forma de retratar o culto.

Para começar, a iconografia, crenças e referências religiosas do Portão do Éden são bem vagas. Jesus nunca é citado diretamente (embora haja crucifixos espalhados pelo cenário, alguns até aparentemente vandalizados pelo culto), as citações da Bíblia se resumem ao Apocalipse e fica bem claro que o culto criou sua própria versão da fé e que ela conflita com as demais religiões - fato reforçado por haver um pastor do lado dos mocinhos contra o culto, fiéis de outros credos se posicionando contra os "edenetes" e igrejas servindo como postos de resistência. Enfim, há todo um esforço para mostrar que os vilões não representam a religião em geral.

Na questão de inspirações, ficou-me claro que o culto de Jim Jones nos anos 1970 foi a base principal, embora pense se certos momentos históricos do Mormonismo não foram referenciados (caso não saiba sobre, leia isto: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/massacre-mormon.phtml), como o fato do líder do culto se chamar "Joseph Seed", similar ao "Joseph Smith" mórmon, o fato de ambos terem difundido sua própria versão da Bíblia, ou a ambientação interiorana dos EUA.

MELHOR FAR CRY:

O Far Cry 4, apesar da história e cenário novos, foi uma grande reciclagem do Far Cry 3. Não se pode falar o mesmo do Far Cry 5.

A melhor parte do jogo é o gameplay. Há diversas novas mecânicas que acrescentam um bom tom de novidade à série, como não ter mais de subir repetidamente em torres de rádio para revelar o mapa. Sem ser andar até eles ou chegar em veículos terrestres, os pontos de interesse no mapa agora só são revelados através de documentos encontrados no cenário, ou conversando com NPCs (muitos dos quais devem ser salvos de capturas ou emboscadas, o que acrescenta um incentivo a rodar pelo mapa libertando-os).

GOLDFIELD - Nerdices e análisesWhere stories live. Discover now