Assassin's Creed Mirage (09/01/2024)

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História principal finalizada em mais ou menos 25 horas. Agora estou terminando de explorar o mapa e pegando alguns troféus.

Que alívio um Assassin's Creed que não exige mais de 100 horas de exploração para ser jogado. Uma pena que a Ubisoft tenha pisado na bola e entregue uma história tão fraca e esquecível.

O Basin é um excelente protagonista, mas o enredo deixou de lado a rica ambientação do Califado Abássida do séc. IX e preferiu investir numa trama sem graça, com uma reviravolta sem sal (a la "Clube da Luta") ao invés de se focar em conspirações políticas e disputas de poder – o que tristemente dava a entender em suas primeiras horas. O jogo começa com o assassinato de um califa e até descreve as forças envolvidas, mas nunca incorpora realmente esses acontecimentos – o que me lembrou AC Unity e o uso superficial da Revolução Francesa.

Em jogabilidade e escala, o jogo é um retorno a experiências como AC Brotherhood e AC Revelations, com foco em somente uma cidade e seus arredores (Bagdá), além de focar mais o uso estratégico de NPCs como nos primeiros jogos. Apesar de ainda haver um sistema de evolução por habilidades, não há mais níveis de personagem e derrubar inimigos fortes depende muito mais de agilidade e planejamento, além de haver um peso muito maior ao stealth (o que torna muito mais satisfatório jogar assim, aliás). O combate está mais difícil e apanhei muito no começo, e mesmo ele ficando mais simples conforme se aprimora trajes e armas, discrição é a palavra-chave para avançar ao longo do jogo.

No final, gostei da experiência, e achei bem-vindo um Assassin's Creed menor e mais focado. Uma pena que o roteiro tenha pisado tanto na bola e deixado passar um potencial enorme. O game começa dando a ideia de uma experiência épica e envolvente, mas não passou de miragem.

Próxima parada, o futuro pós-apocalíptico de Horizon: Forbidden West.

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