Gardenia do Desejo Florescente, part.1 | [BR/PT]

Capítulo 115 - Vol. 03

Eulogia do Príncipe 20

Eu engasguei e abri meus olhos imediatamente. Olhei para a esquerda e para a direita e ainda estava em meu quarto dos empregados, nesta cama de madeira. Eu respirei profundamente aliviado.

'Graças a Deus, foi só um sonho.'

Olhei pela janela para ver que a lua ainda estava cheia, mas os servos já estavam ocupados em todos os lugares. Eu fiz uma careta, 'Ainda é muito cedo, o que eles estão fazendo?'

Saí do quarto e caminhei em direção à cozinha para ver que as empregadas estavam ocupadas cozinhando.

"Com licença, senhora", disse eu a uma das criadas mais velhas, "Há algum convidado importante vindo esta manhã?"

"Você não sabe?" a empregada franziu a testa em insatisfação, "A grã-duquesa partirá para ir para a capital Roagelt, e o grão-duque virá depois de sua longa viagem de negócios. Eles tomarão o café da manhã juntos e a grã-duquesa partirá depois disso."

'G-Grão-duque!' Lembrei-me de minha promessa de trabalhar com ele e relatar todas as atividades do Jovem mestre em troca de dinheiro. Mas Jovem Mestre me deixou sozinho aqui.

Depois da partida do jovem mestre, era muito estranho que a grã-duquesa não tivesse vindo até mim e começado a me ameaçar ou me machucar como de costume. Então, eu ajudei os servos a fazerem biscates, já se passaram duas semanas desde que o Jovem Mestre deixou o palácio e não havia sinal dele voltando.

'Foi por minha causa?'

'Eu-eu não queria machucá-lo.'

'Eu só não quero que ele saiba que sua única amiga...'

"Jogada!" um mordomo me empurrou para o lado e me repreendeu duramente: "Se você não vai ajudar, saia daqui! Estamos ocupados aqui!"

Não me importei muito com sua repreensão, olhei em volta para ver que as pessoas estavam amontoadas na cozinha e não havia biscates para mim. Então, saí da cozinha e decidi limpar o quarto do Jovem Mestre. Eu era o único criado com permissão para limpar seu quarto, foi o que ele ordenou aos guardas antes de deixar o palácio.

'Isso me fez ficar feliz, pelo menos ele ainda confia em mim.'

Entrei na sala com vassoura e esfregão. Comecei minha rotina diária, varrendo o chão, limpando o tapete, limpando todos os móveis e os livros do Jovem Mestre, depois esfrego o chão. Só que desta vez, eu fiz isso às quatro da manhã.

O sol começou a nascer, o quarto do Jovem Mestre parecia especialmente bonito quando o nascer do sol entrou diretamente em seu quarto pela grande janela. O que era triste, o Jovem Mestre sempre fechava a janela e fechava a cortina para evitar o nascer do sol, pois sua pele podia queimar.

Observei a sala e sorri contente. Como tudo estava completamente limpo, não queria que o quarto do mestre ficasse sujo, embora ele não estivesse aqui.

A luz do sol atingiu lentamente todas as bordas da sala, e meus olhos se deleitaram com a decoração maravilhosa desta sala. Meus olhos vagaram pela sala até que vi algo familiar escondido atrás de um livro grosso em um armário. Não ousei tocá-lo porque era um documento importante do jovem Mestre, mas vi algo familiar, algo que veio ao meu sonho na noite passada.