Capítulo XIII

1.2K 87 9
                                    

O ranger da cama, junto aos suspiros de Sarah, tornou-se uma sinfonia envolvente. Segurei na corrente entre a algema, mantendo os braços de Sarah estendidos. Minha boca se dirigiu ao mamilo direito dela, sugando-o enquanto a penetrava com dois dedos. Seu corpo se contorceu, seus pés deslizaram na cama, flexionando os joelhos. Seu queixo se ergueu, e seus olhos se apertaram, seus lábios liberaram um grito. Após um instante de silêncio, suas pernas repousaram sobre a cama, e sua respiração se tornou mais ofegante. Retirei meus dedos de seu interior e olhei para seu rosto.
— Qual sua cor?
— Verde.
— Vira de costas. – ajoelhei-me na cama. Sarah obedeceu, virando-se e mantendo os braços estendidos no travesseiro. Toquei seu quadril com ambas as mãos e afastei suas pernas, colocando as minhas entre elas. Minha mão esquerda subiu por suas costas até o seu cabelo, agarrando-o. Sarah fechou os olhos, deixando a lateral da cabeça apoiada sobre o travesseiro. Minha mão direita dirigiu-se para seu seio direito, apertando-o.
— Acho que você precisa de algo além dos meus dedos. – falei baixo. Sarah manteve os olhos fechados, parecendo confiar em mim. Olhei para a gaveta, encontrei um vibrador rosa, peguei-o. Sem aviso, aproximei-o do sexo de Sarah, liguei-o e rocei-o em seu clitóris. Sarah tremeu as nádegas e soltou um suspiro. Apoiei minhas panturrilhas sobre as delas, mantendo-a na posição que eu desejava. Inclinei-me e sussurrei em seu ouvido:
— Roça.
Sarah seguiu minhas instruções, movendo-se contra o vibrador e soltando gemidos baixos. Seu corpo estremeceu, e seus lábios se uniram. Poucos momentos depois, seus músculos se acalmaram, revelando a autenticidade de seu orgasmo. Desliguei o vibrador e o descartei em um canto da cama. Uma sensação de calor cresceu dentro de mim, confiante de ter realizado um trabalho satisfatório. Meus olhos se fixaram no corpo de Sarah.
— Onde estão as chaves da algema? – perguntei.
— Na gaveta, dentro de uma caixa preta. – respondeu ela.
Levantei-me da cama, abri a gaveta e localizei a caixa preta. Ao abri-la, deparei-me com diversas chaves.
— Há muitas chaves aqui. – comentei.
— A chave certa tem um elo com um pingente de emoji de diabinho pendurado nele. – explicou Sarah.
Encontrei o pingente descrito e percebi que cada chave tinha um pingente diferente. Inevitavelmente, um sorriso surgiu em meu rosto.
— Você é realmente criativa.
— Eu diria que sim. – Sarah respondeu.
Abri a algema, libertando os pulsos de Sarah.
— Ema, posso te pedir algo? – ela questionou.
— Claro.
— Posso tomar banho?
— Sim.
— Poderia ir comigo? – pediu ela.
— Acho que sim. – respondi.
Sarah sentou-se na cama, lançando-me um olhar por um instante.
— O problema não estava em você.
— Sobre o que está falando?
— Sua ex estava errada sobre você. Ela te culpou por algo que não era sua culpa. — Sarah levantou-se da cama. — Vou te esperar no banheiro. — dirigiu-se ao cômodo. Fiquei por alguns instantes perto da cama, reflexiva. Era possível que Sarah estivesse certa; Layla era uma mulher cosmopolita, não fazia sentido ficar comigo em uma cidade pequena. Desde o início do nosso relacionamento, questionei o motivo real de ela ter aceitado meu pedido de namoro. Após o fim, percebi que ela esperava que eu mudasse, queria que eu fosse mais ambiciosa, mas aquilo não era natural para mim. Aceitei quando meu superior me enviou para Santa Barbara. Aceitei quando Pedroso me suspendeu, mesmo ciente de que tinha cumprido bem meu trabalho. Permitia que as pessoas me dissessem o que fazer o tempo todo. E, pela primeira vez, sentia-me satisfeita. Sarah permitia que eu estivesse no comando, despertando algo dentro de mim. A sensação de controle era boa. Eu queria experimentar isso novamente.
Dirigi-me ao banheiro, encontrando a porta entreaberta e o som da água corrente preenchendo o ambiente. A silhueta de Sarah se revelava no vidro do box. Ao abrir a porta do box, nossos olhares se cruzaram, e sua mão se estendeu em minha direção. Aceitei o convite, nossos dedos se entrelaçaram, e nossos corpos se aproximaram. Naquele instante, percebi que Sarah era ligeiramente mais baixa que eu, talvez tivesse entre 1,70 e 1,65 de altura.
— Posso retribuir o seu favor? – ela perguntou.
— Depende, como? – indaguei.
— Prefiro te mostrar. Posso? – Sarah exibiu um sorriso travesso, seus olhos verdes intensos estavam densos.
— Pode. – concordei.
Sarah ajoelhou-se à minha frente, suas mãos foram para meu quadril, e sua boca encontrou minha intimidade. Soltei um gemido, fechando os olhos. A sensação era prazerosa. Sua língua explorou meu sexo molhado, não apenas pela água que escorria. Desliguei o chuveiro, interrompendo o fluxo de água. Sarah continuou suas carícias. Pus uma mão na parede e outra no vidro do box, abri mais as pernas, dando espaço para Sarah. Não demorou para sentir o ápice. Ela era habilidosa. Quando terminou, levantou-se à minha frente, lambendo os próprios lábios e me dando um selinho.
— Estamos quites, agora? – perguntou ela.
— Estamos. – sorri. Sarah me abraçou, repousando a cabeça em meu ombro. Não sabia se era um hábito para ela, mas me senti bem. Talvez, ela também sentisse algo por mim.

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora