Capítulo CXXVII

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Atualmente...

Ema me beijava suavemente, suas mãos deslizavam pelas minhas costas. Por um momento, interrompi o beijo e pedi baixinho:
— Desliga o celular, por favor.
— Não vai tocar. – ela desceu os lábios para meu pescoço, suas mãos estavam  firmes em minha cintura.
— Amor, por favor, desliga. Não quero nada nos distraindo. – insisti, acariciando sua nuca.
— Tudo bem. – Ema pegou o celular no bolso e o desligou, guardando-o novamente.
— Obrigada. – sorri para ela. — Agora somos só nós. – dei-lhe um selinho.
— Sarah, podemos começar agora? – Ema perguntou, afastando-se um pouco para me encarar.
— Não começamos já? – olhei nos seus olhos.
— Sinalização das cores verde, amarela e vermelha está valendo?
— Sempre, amor. – respondi.
— Ok. – Ema afastou-se, dando alguns passos para trás e virando-se de costas, esticando os músculos. Inclinei a cabeça e semicerrei os olhos.
— Amor, se você começar a pular e socar o ar, eu juro que saio correndo. – brinquei. Ela virou-se devagar e me olhou séria. — Ok... Acho que estou encrencada. – respirei fundo.
Ema avançou em minha direção, mantendo seu olhar fixo no meu. Ao se colocar diante de mim, segurou delicadamente meu roupão pelos ombros e o retirou suavemente, causando um arrepio pelo meu corpo. Sua postura confiante despertava em mim o desejo de sentir suas mãos em meu corpo. Seus lábios roçaram meu ombro e seus dentes pressionaram minha pele, provocando um formigamento arrebatador.
— Ema...
— Não. – seu dedo indicador foi pressionado suavemente contra meus lábios. — Apenas quero ouvir seus gemidos. Fui clara?
Assenti com a cabeça, concordando.
— Tire o roupão e fique de quatro na cama. – ela ordenou. Assim fiz. Senti-me vulnerável, o frio do cômodo causava um leve incômodo. Ter o corpo de Ema junto me aqueceria, mas esse não parecia ser o plano dela. Suas mãos tocaram meus quadris, e um suspiro escapou de seus lábios. — Eu não quero que fale, nem que me toque. Só deverá falar se eu estiver ultrapassando algum limite seu. Compreendido?
Concordei com a cabeça, buscando seu olhar.
Nos minutos seguintes, agarrei o travesseiro, cravando as unhas nele. Ema se agachou atrás da cama e segurou firmemente minhas panturrilhas, mantendo minhas pernas afastadas. Sua língua explorou meu sexo, provocando movimentos involuntários em meu quadril. Cedi aos seus toques enquanto sua língua me invadia, sugando e lambendo meu sexo, incapaz de articular mais que grunhidos em resposta. Sentia meu sexo encharcado. Eu sabia que poderia ter um orgasmo apenas com o toque da língua de Ema.
Quando movi meu quadril para trás, senti Ema afastar o rosto.
— Pare, Sarah.
— Amor, por favor, me deixa te tocar? – olhei para Ema, exibindo um olhar suplicante. Ema respirou fundo.
— Eu fui tão clara, Sarah. Você só deveria ficar calada e não me tocar, mas parece incapaz de fazer isso. – ela se ergueu, e seus passos tinham destino certo: a parede onde estavam meus acessórios de disciplina. Suas mãos passearam por eles, deixando-me completamente atenta. Qualquer um me causaria dor, mas o chicote, com certeza, me renderia marcas mais profundas. Certamente nossa conexão ia além do físico. Ema retirou o chicote do suporte e carregou-o até mim. — Não se mova. A cada vez que se mover, receberá uma nova chicotada.
Concordei com a cabeça. Ema se pôs atrás de mim, e assim que o couro tocou minha nádega esquerda, gritei, ciente de que ninguém me ouviria fora daquele quarto. Quando a ardência diminuiu, percebi que havia movido meu corpo, abaixando meu quadril. Mal tive tempo de digerir a primeira chicotada e fui atingida pela segunda, dessa vez na nádega direita, movendo-me involuntariamente novamente.
— Ema, desculpa. – falei, retomando a posição inicial. Ema apenas respirou fundo. Dessa vez, não recebi uma chicotada. Meu cabelo foi puxado para trás com força, forçando-me a ficar ajoelhada na cama.
— Pare de me desobedecer, Sarah! – sua voz saiu firme. Fiquei em silêncio, ciente de que era a melhor atitude a tomar. Mesmo que internamente eu quisesse desafiá-la, temia que fosse demais para ela. Deveria permitir que agisse conforme seus desejos, para que tomasse mais confiança.
Nos instantes seguintes, Ema optou por não me castigar. Deixou o chicote de lado na cama e apoiou as mãos em meus quadris, permitindo que eu sentisse sua respiração contra minha nuca. Fechei os olhos e ouvi sua voz, agora mais suave.
— Qual a cor, Sarah?
— Verde. – respondi com firmeza.
— Deite de bruços e feche os olhos, não os abra até que eu diga, está bem?
— Sim, senhora. – concordei, imediatamente me posicionando de bruços e fechando os olhos, com meu rosto virado para a direita. Ouvi os passos de Ema se afastarem. Depois, o silêncio invadiu o cômodo, e passei longos minutos sem saber o que aconteceria, até que Ema retornou. Desta vez, senti seu corpo sobre o meu. Seus lábios tocaram meu ouvido e sussurraram: — Não pararei até que me implore por isso.
Antes que eu pudesse responder, senti meu sexo ser invadido por algo rígido e gelado, indicando que Ema estava usando uma cinta peniana. Suas estocadas eram fortes e profundas, arrancando-me gemidos histéricos.

CONTINUA...

Calma... Calma... sai a continuação.

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora