Capítulo CLII

326 39 4
                                    

De olhos fechados e recostando minha nuca no ombro de Ema, senti-me transportada para as nuvens. A água morna envolvendo meu corpo e o suave aroma que impregnava o banheiro, aliados ao perfume de Ema próximo a mim, criavam uma atmosfera envolvente. Quando sua mão substituiu a minha, um arrepio percorreu meu corpo diante do toque em minha intimidade. Seus dedos deslizaram com habilidade, proporcionando um estímulo tão intenso que um arrepio percorreu todo o meu corpo. Gemidos escapavam naturalmente dos meus lábios, e em questão de minutos alcancei o ápice do prazer, soltando um gemido alto. Inclinei-me para frente, ainda um pouco ofegante, e logo senti Ema beijar minhas costas, logo abaixo dos ombros.

— Mais tranquila agora? – perguntou ela.
— Estou completamente calma. – sorri, virando meu tronco na direção de Ema. Toquei seu rosto e dei uma leve mordida em seu queixo. — E para você, foi bom também?
— Sim.
— Só isso? – fiz careta, enrugando o nariz de forma brincalhona, enquanto um sorriso travesso se formava em meus lábios, deixando claro que esperava mais do que uma resposta simples de Ema.
— Foi ótimo. – Ema me deu um selinho. — Assim que o médico me liberar, vou te fazer delirar de prazer.
Ri alto.
— Me fazer delirar? O que aconteceu com a minha namorada? Ema Campos não diria isso, sabia?
— Eu não sou a Ema? E quem eu sou? – ela apoiou o braço esquerdo sobre meus ombros.
— Você é o amor da minha vida. – roubei um selinho de Ema.
— Gostei disso. – ela sorriu para mim.

***

Quando terminamos o banho, deixei Ema escovando os dentes, enquanto eu trocava os lençóis da cama, buscando criar um ambiente ainda mais acolhedor para nossa noite. Nos aconchegamos na cama e, aproveitando a praticidade do aplicativo de comida, fizemos o pedido do nosso jantar. Escolhi uma opção de proteína leve e legumes salteados, imaginando como seria perfeito acompanhá-los com um bom vinho, se Ema não estivesse tomando alguns medicamentos que desaconselhavam o consumo de álcool. Decidi guardar a ideia do vinho para depois, quando ela estivesse completamente recuperada.
Enquanto assistíamos a um romance na TV, me ausentei por alguns minutos para atender ao interfone. Para minha surpresa, a casa estava silenciosa. Parecia que Norman havia se recolhido para dormir, ou quem sabe até mesmo saído de casa, e com sorte, não retornaria tão cedo, proporcionando-nos uma noite tranquila.
Fui até a portaria buscar o jantar e aproveitei para trocar algumas palavras com o porteiro, cujo rosto iluminou-se com um sorriso afetuoso ao me ver. Enquanto conversávamos, ele expressou seu desejo sincero pela recuperação de Ema. Agradeci sua gentileza antes de voltar para casa.
De volta ao meu lar, entrei na cozinha e arrumei o jantar em uma bandeja, selecionando com cuidado cada item. Escolhi uma porção generosa proteína, adicionando ao lado uma salada fresca e colorida, além de dois copos de suco de laranja. Com atenção aos detalhes, ajustei os talheres. Satisfeita com o resultado, peguei a bandeja com cuidado e segui em direção ao quarto.
Passei a porta e empurrei-a para trás com o calcanhar. Levei a bandeja até a cama. Ema se sentou, deixando as costas apoiadas na cabeceira. Ela usava um roupão preto. E seu braço direito estava na tipoia. Seus cabelos estavam soltos e ainda úmidos do banho. Sentei ao lado de Ema, ficando de frente para ela.
— Deixa eu mimar minha paciente. – brinquei, cortando um pedaço do filé de frango e levando até a boca de Ema.
— Obrigada. – Ema mastigou.
— Por nada, amor. É um prazer mimar você. – peguei um pouco de salada com o garfo e aproximei da boca de Ema. — Quero ver esse prato vazio.
— Quando vai ser sua vez de ser mimada?
— Quando você se recuperar, vou andar no colo para lá e para cá. – brinquei.
— Ok. – Ema comeu a salada do garfo, me olhando.
— Estou mais interessante que o filme?
— Claro, por um momento quase acreditei que não te veria novamente.
— Ah, Ema... – afastei a bandeja e abracei Ema. — Eu sempre vou estar com você. – fechei os olhos e encostei o rosto no pescoço de Ema.
— Você está aqui. E vai ficar tudo bem. – disse ela, acariciando minhas costas lentamente com uma das mãos.

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Where stories live. Discover now