Capítulo CXVI

360 43 24
                                    

O banho foi revigorante, e tanto eu quanto Ema parecíamos focadas no momento presente, nossos corpos estavam cobertos por roupões. Ao me afastar de Ema, percebi confusão em seu olhar. Antes de entrar no closet, deparei-me com Ema sentada na cama. Após abrir algumas gavetas do armário branco, escolhi um conjunto de lingerie azul de renda, complementado por uma cinta-liga. Tirei o roupão e vesti a lingerie, arrumando meu cabelo com as mãos para dar-lhe mais movimento. Avaliando o visual, considerei que sandálias de salto alto dariam o toque final. Ao sair do closet, meus passos demonstravam determinação. Ema, com um pequeno sorriso nos lábios, observava-me atentamente. Decidi interromper meus passos e posicionei-me diante dela. Apoiando o salto direito na cama, inclinei-me o suficiente para que Ema pudesse apreciar o meu decote.
— Tenho sido tão complacente contigo, não há pedido seu que eu não atenda. Não seria justo receber uma recompensa por ser tão obediente? – acariciei suavemente seu queixo, aguardando sua resposta.
Ema, com um leve sorriso nos lábios, respondeu com serenidade:
— Claro que é justo. O que deseja?
— Ah, você sabe muito bem o que quero. Anseio pela oportunidade de explorar cada centímetro do seu corpo ao meu bel-prazer.
— Hm. – murmurou Ema, enquanto sua mão esquerda encontrava minha coxa e seus dedos deslizavam até a cinta-liga. — Isso poderia ser uma via de mão dupla?
Inclinei-me um pouco mais em direção a ela e sussurrei suavemente em seu ouvido:
— Sim, minha querida. Estou sempre pronta para satisfazer seus desejos.
Ema respondeu sem palavras, beijando minha barriga, enquanto uma onda de sensações percorria meu corpo. Minhas mãos encontraram seus ombros, enquanto seus lábios exploravam minha pele delicadamente. Com destreza, sua mão direita desfez o fecho de meu sutiã, permitindo que seus lábios encontrassem meus seios. Um gemido escapou de meus lábios ao sentir a suavidade de sua boca ao redor de meu mamilo esquerdo. Lentamente, minhas mãos desceram o roupão de Ema, revelando sua pele macia e seus seios sedutores.
Ema ergueu-se diante de mim e seus lábios buscaram os meus, consumindo-me em um beijo ardente. Logo, ela estava sobre mim na cama, seu corpo quente me aquecendo. Quando nossos lábios se separaram, nossas respirações estavam entrelaçadas. Ema acariciou meu rosto com ternura, seus olhos encontraram os meus em um momento de pura admiração. Um sorriso se formou em meus lábios.
— Você me deixa sem palavras quando me olha desse jeito. – confessei. Ema não disse nada, apenas levou minha mão direita aos lábios e sugou dois de meus dedos, deixando-me arrepiada. Em seguida, ela guiou minha mão até seu sexo, e ao tocar, pude ouvir seu suspiro de prazer.
Impulsionada pela liberdade que ela me concedeu, explorei seu sexo com os dedos, sentindo sua umidade natural. Deslizei dois dedos para dentro de sua intimidade, e o gemido sensual que escapou de seus lábios foi como música para os meus ouvidos, arrepiando todo o meu corpo.
Ema posicionou um joelho de cada lado do meu corpo e começou a mover seus quadris lentamente. A imagem dela sentada sobre mim fez-me soltar um suspiro. Eu sabia que poderia alcançar o clímax mesmo sem o toque de suas mãos.
Quando Ema deslizou a mão direita pela minha nuca, prendendo meus cabelos entre os dedos, inclinei meu queixo para cima e fechei os olhos. Sua voz, carregada de desejo, ecoou em meu ouvido.
— Estou quase lá. – sussurrou ela. Seus lábios seguiram pelo meu pescoço, até que seus dentes suavemente pressionaram minha pele, arrancando-me um gemido.
— Ema... – suspirei. Sua mão esquerda envolveu meu pescoço, fazendo uma pressão que fez meu corpo reagir instantaneamente. A sensação de estar sob seu domínio era deliciosa. Com cuidado, retirei meus dedos do seu íntimo, agora molhados com seu líquido, e os levei à minha boca, saboreando-os enquanto os olhos de Ema me devoravam. Não demorou para eu alcançar o clímax.
Após apenas alguns minutos de descanso, percebi que ansiava por mais. Nunca era o bastante estar com Ema. Nossas carícias e beijos nos conduziram a mais um momento intenso, prolongando nosso enlace até o fim da tarde.
No jantar, nos reunimos com Nicolas na cozinha, onde ele havia preparado uma deliciosa macarronada. Embora a pilha de louças sujas fosse evidente, o sabor da refeição compensava a bagunça deixada para trás.
— Uau, Nick. Que delicia! – exclamei, apreciando cada garfada.
— Ah, sou mesmo. – brincou ele, entre risadas. Ema o olhou com um sorriso de canto de boca, pausando seu garfo antes de levá-lo à boca.
— Garoto, não provoque problemas. – brinquei, fingindo repreendê-lo.
— Eu não sou uma delicia? – provocou ele, com um sorriso travesso.
— Bem, tenho restrições alimentares. – brinquei. — Mas segundo minha nutricionista, posso desfrutar sem culpa de uma certa morena marrenta. Ela possui zero calorias. – ri alto, enquanto Ema balançava a cabeça negativamente, reprimindo um sorriso.
— Ah, Ema. Você é tipo uma barrinha de cereal light? – provocou Nicolas.
— Nick, está se aventurando em terreno perigoso. Vamos sair juntos. Posso até te “desovar” em algum matagal antes de voltar para casa. – ameaçou Ema em tom de zoação.
— Sarah, ouviu isso? Fui ameaçado. – brincou Nicolas. — Ema virou uma justiceira.
— Meu Deus... – suspirei. — Já me sinto fraca só de imaginar Ema usando couro.
— O que é isso? Está se aliando à criminosa? – provocou Nicolas.
— Lamento, Nick, mas nesse caso, meus ouvidos não ouviram nada. Ema é uma bela criminosa. Eu não me importaria de ser dominada e subjugada por ela. – declarei.
— Sarah... – Ema estava corada.

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt