Capítulo LXXVIII

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Ema se despiu ao entrar no banheiro, deixando suas roupas sobre a bancada da pia, seu semblante sério denotava uma preocupação palpável. Coloquei-me diante dela, segurando seus ombros com firmeza.
— Amor, você está brava comigo? – perguntei, buscando nos olhos dela alguma resposta.
— Não. – sua voz era suave, mas carregava um tom de incerteza.
— Tem certeza? – levei minhas mãos ao seu rosto. — Prefiro que me puna do que ver esse rostinho sério.
— Te punir? – ela pareceu surpresa com a sugestão.
— Sim, como da última vez. Pense em algo. Eu aceitarei. – sugeri, esperando dissipar qualquer mal-entendido.
— Não quero te punir, só quero que entenda como foi desnecessária sua reação às flores. Angelina apenas quis se desculpar pelo mal-estar de ontem. Não havia nenhuma conotação sexual nisso, mas você se sentiu insegura. Às vezes, parece que não confia em mim ou nos meus sentimentos por você.
— Eu confio em você, Ema, mas sou um pouco insegura. Acho que desaprendi a me comportar em relacionamentos amorosos. Eu era tratada como um objeto, usada quando conveniente. Não estou me fazendo de vítima, apenas explicando como era minha vida antes de você. Você me trata de maneira diferente, com respeito, amor. Não quero te perder.
— Não vai me perder, Sarah. Isso nem está em questão. Eu não sou o tipo de pessoa que busca distrações. Confie em mim. Eu confiei em você, apesar de ter tido um relacionamento complicado antes. Não te comparo com Layla. Você pode me amar sem medo de me perder? Ou de ser trocada? Sou leal a você, não vou te desapontar.
Respirei fundo ao ouvir suas palavras.
— Claro. Você merece isso. – abracei Ema. — Desculpa pelo ciúme desnecessário.
— Tudo bem. – Ema tocou minha cabeça. — Então, vai tomar banho também?
— Sim, você me fez suar com aqueles abdominais. – sorri afastando-me. — Mas antes... – observei o corpo nu de Ema. — Bem que você poderia me punir.
— Sarah...
— Ema, eu sei. É só uma sugestão. Você não é obrigada a nada. É que eu lido melhor com dor física do que com dor emocional. No momento, sinto que mereço uma punição.
— Que tipo de punição? – Ema me olhava intrigada.
— Use a chibata. Me dobre sobre seus joelhos e marque minha bunda. – arfei. — Por favor, Ema. – juntei as mãos em súplica.
— Você parece gostar disso.
— Sim, eu gosto. Isso alivia minha tensão. Gosto da sensação de ser dominada por você, eu vou sentir prazer...
— E dor. Mari me falou sobre a linha tênue entre o prazer e a dor, parece que você gosta disso. – Ema comentou.
— Sim, amor. Eu gosto. – concordei com a cabeça. — Se você marcar minha bunda com a chibata, vai me fazer lembrar do meu mau comportamento toda vez que eu sentir a região dolorida. – toquei os ombros de Ema e murmurei em seu ouvido. — Sou sua cadela, preciso ser adestrada.

Continua...

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Where stories live. Discover now