Capitulo CXXVIII

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Os braços de Ema me envolveram, sua pele quente estava pressionada contra a minha, enquanto a suavidade da renda de sua lingerie roçava em meu corpo. Sentindo suas mãos subindo para meus seios, moldando-os com perfeição, uma mistura de antecipação e desejo tomava conta de mim. Apesar do medo de perder minha voz para o dia seguinte, não queria reprimir nada.
Quando alcancei o clímax, mal tive tempo para recuperar o fôlego. Ema continuou a me provocar, e meu corpo estava exausto. Naquele momento, mal conseguia reunir forças para articular um grito. Simplesmente deixei que Ema continuasse. Quando sua mão direita deslizou suavemente pela minha virilha, suspirei, seus dedos acariciaram delicadamente meu clitóris sensível, me fazendo soltar um gemido fraco, quase sem energia. Ema estimulou meu sexo, provocando uma mistura de prazer e dor que me fazia contorcer, quase como um animal selvagem resistindo à doma. Lembrei-me do aviso de Ema, de que não pararia até que eu desistisse. Recusei-me a admitir a derrota. Cerrei os dentes e suportei o toque, buscando superar o desconforto, que alternava entre prazer e arrepios de dor.
Quando finalmente Ema pareceu satisfeita, eu me sentia tão exausta que mal conseguia resistir. Fui gentilmente virada na cama e senti os lábios de Ema nos meus enquanto envolvia minhas pernas em seu quadril. Ao término do beijo, acariciei seu rosto e encarei seus olhos, percebendo que não era a única cansada. Apesar do ambiente refrigerado do quarto, o corpo de Ema brilhava com o suor do esforço.
— Acabamos? – perguntei baixinho.
— Não, mal começamos. – respondeu ela.
— Tá brincando? Estou literalmente acabada. – respondi, tensa. Sentia minhas nádegas marcadas, uma leve dor surgindo ao atritar com a cama. Meu clitóris estava tão sensível que nem eu mesma me atrevia a tocá-lo.
— Está assumindo que perdeu? – provocou Ema, com um sorriso travesso nos lábios.
— Nunca. – respondi imediatamente. — Você pode me esfolar viva, eu aguento. Continue. Use todos os recursos que quiser. Me bata, me enforque...
— Ei, calma, Sarah. Não vou continuar. Pelo menos não agora. – interrompeu ela.
— Estou disposta a continuar, se você não estiver, significa que desistiu. Você arregou, Srta. Ema Campos? – provoquei.
— Você está disposta a ultrapassar seus limites para escolher a data do nosso casamento?
— Não, estou longe do meu limite. Você só me pegou desprevenida. –  respondi.
— Ok, Sarah. Você ganhou. Preciso de um banho e de algo quente para beber. – disse Ema, sentando-se na cama e abrindo a cinta para retirá-la. — Só entenda que não quero nada muito pomposo para o casamento. Eu casaria apenas no cartório, mas imagino que você queira uma festa, mas por favor, que seja um evento para poucas pessoas.
— Ema. – chamei com suavidade.
— O quê? – ela me olhou.
— Acha mesmo que vou te obrigar a casar comigo às pressas porque venci uma aposta? Não sou tão maluca. Quero casar com você, mas desejo que você queira tanto quanto eu. Quero que olhe para mim e pense: “Preciso dessa mulher ao meu lado pelo resto da minha vida”. –sorri para ela.
— É? – Ema inclinou-se na minha direção e deu um pequeno beijo na ponta do meu nariz. — Quero passar o resto da minha vida ao seu lado.
— Eu poderia ter gravado isso. Será que pode repetir? – brinquei.
— Não, não vou gerar provas contra mim. – ela brincou com um sorriso divertido.
— Como assim? Eu já tenho provas, tá? – provoquei.
— Advogados. – Ema murmurou, levantando-se.
— Sabe qual é a fama dos policiais, Ema? Quantas famílias você pretende ter? – impliquei.
— Bem... Ainda não decidi. – Ema se afastou da cama em direção à porta de saída.
— Como assim? Olha, quando casarmos, vou colocar uma cláusula de exclusividade no contrato. Estipularei uma multa altíssima para infidelidade. – aumentei o tom de voz conforme ela se afastava.
— Mal aguento uma mulher, quanto mais duas. – Ema rebateu.
— É o que você diz, não o que a garota da boate pensa. Com certeza, ela não se importaria em ser sua amante.
— Isso é sério? – Ema parou próxima à porta e me olhou.
— Não, você seria muito boba se me trocasse por qualquer outra, mesmo que ela saiba dançar de forma sensual. Eu tenho minhas qualidades, sabia?
— Ciumenta. – Ema saiu do quarto exibindo um sorriso.
— Você vai me deixar à míngua? Eu preciso de cuidados.
— Permaneça deitada, volto já. – disse ela, indo para o closet.

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora