Capítulo CLI

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Eu obedeci, deslizando minha calcinha de renda vermelha até os tornozelos e retirando-a. Logo, senti o corpo de Ema se aproximar. Sua mão esquerda envolveu minha cintura. 
— Agora, pode encher a banheira para nós duas. – ela disse. 
— Amor, quero fazer isso, mas não quero que você volte para o hospital. – eu disse virando para ela. 
— Não vou fazer nenhum esforço, Sarah. Prometo. Aliás, me ajude a tirar a roupa. – ela pediu. 
— Claro. – eu respondi, ajudando Ema a remover a tipoia e, em seguida, tirando sua blusa com cuidado. Suspirei ao ver os hematomas em seu tronco.  — Eu poderia beijar cada um dos seus machucados, e ainda assim me sentiria uma inútil por não ter conseguido evitá-los. – admiti. 
— São temporários. – Ema reforçou. — E me deixam parecendo perigosa, não parece que entrei em uma briga?
— E perdeu. – comentei. 
— Acredite, eu ganhei. – disse Ema, tocando meu rosto com a mão esquerda. — Defender um amigo não é um bom motivo para se sentir vitoriosa?
— Você está sempre protegendo as pessoas, precisa ser protegida também. Parece que cabe a mim fazer isso por você. – declarei, encarando-a. 
— Você ficou com o trabalho difícil. – concordou. — É, eu sei, sua mãe me avisou. – respondi. — Trocamos telefones, então ande na linha. Fiquei com a tarefa de mantê-la atualizada sobre você. Já que você não é do tipo que dá satisfação para as pessoas, não é? Será que vamos ter que trabalhar isso na terapia, Srta. Ema Campos? 
— Shhh... – interrompeu Ema com um beijo suave nos meus lábios. — Encha a banheira. Ela se afastou lentamente de mim e abriu a calça com a mão esquerda, mantendo o braço direito próximo ao busto. Embora não estivesse fraturado, aparentemente Ema havia rompido um ligamento. Apesar de ter me poupado dos detalhes, deduzi pelos relatos da mídia que Ema havia sido pendurada pelos braços, o que explicava a lesão do ligamento esticado além do limite.
— Você é teimosa. – murmurei antes de começar a encher a banheira. Optei por adicionar sais de banho, depois me sentei na borda da banheira. Cruzei as pernas e apoiei as mãos na superfície atrás de mim, inclinando meu corpo para trás. — Não quer ajuda? Posso tirar sua calça.
— Aceito. Minha mão esquerda não é tão habilidosa quanto a direita. – ela respondeu, caminhando até mim e parando na minha frente. Segurei na barra da calça de Ema e a desci até os joelhos. — Que delícia de mulher. –  murmurei, mordendo meu lábio inferior. — Depois da sua recuperação total, vou precisar de 24 horas ininterruptas de sexo. Se prepare, tá?
Ema riu. 
— Acho que você vai me enfartar. 
— Duvido, você está em forma. – retruquei.
Quando a banheira finalmente encheu, ajudei Ema a entrar, oferecendo-lhe meu ombro para apoio. Com cuidado, ela se sentou, deixando suas costas apoiadas na lateral da banheira. Assumi minha posição na frente dela, sentindo seus lábios traçarem um caminho sensual pelo meu pescoço até alcançarem minha orelha. Fechei os olhos, entregando-me à sensação. Uma onda de calor percorreu meu corpo, meu sexo pulsava em resposta ao toque de Ema. Ela mordiscou levemente o lóbulo da minha orelha e sussurrou:
— Deslize sua mão direita pela sua barriga até entre suas pernas. Se toque para mim.
Com um suspiro, apoiei minha nuca no ombro de Ema, deixando um espaço entre nossos corpos para não atrapalhar seu braço direito. Obedeci as instruções, explorando-me enquanto alguns gemidos escapavam dos meus lábios. Logo, senti a mão esquerda de Ema se juntar à minha mão direita, como se ela desejasse sentir meus movimentos.

CONTINUA...

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora