Capítulo CXXXII

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Eu estava diante do espelho do banheiro, lavando o rosto quando ouvi passos.
— Sr. Invasor, saia daqui, senão quiser ir parar na cadeia, minha namorada é da polícia. – brinquei, ciente de que Ema me observava.
— Eu sou a invasora. – disse ela. Enxuguei meu rosto com uma pequena toalha branca e olhei para Ema.
— Onde estava? – perguntei.
— Fui até a delegacia onde irei trabalhar.
— E como foi?
— Melhor do que imaginei, ao menos não me acusaram de nada, mas já percebi que vou precisar provar minha competência.
— Eu posso dar meu testemunho. – andei até Ema, com uma toalha em volta do meu corpo. — Você é boa em tudo o que faz.
— Acho que seu testemunho não vale. Você está apaixonada por mim. –  disse ela.
— Então, vale em dobro. – abracei Ema. — Que saudade que eu estava do seu cheiro.
— Quer meu perfume?
— Não! Ele não tem seu cheiro. – sorri.
— Não?! – Ema franziu a testa.
— Claro que não. Faltou na aula de biologia, amor? São os seus feromônios que me deixam louquinha por você. E essa boquinha. – dei um selinho em Ema. — E tetas. – ri.
— Você está muito safadinha. – Ema sorriu.
— Sério, Ema, preciso dessas tetas em um quadro lá no meu escritório. Em tamanho real, vou por bem de frente pra minha mesa. Vou olhar para elas enquanto trabalho.
— De jeito nenhum, Sarah. – Ema cruzou os braços. — Isso é obsessão.
— Pare de ser má, Ema. – fiz bico.
— Você gosta quando sou má.
— É. – sorri maliciosamente. — O que quer ganhar no nosso mesversário de namoro?
— Nada, não precisa me dar presentes.
— Tá bom, eu escolho.
— Estou um pouco desanimada para comemorações. O Nick passou aqui e pegou as coisas dele. – revelou Ema.
— Amor, eu sei que isso te deixa triste, mas é a escolha dele. Apenas deixe-o seguir a vida dele. E veja o lado positivo, agora eu posso andar pelos corredores só de calcinha. – brinquei.
— Coitada da Lourdes. – disse Ema.
— Adivinha quem ganhou outra causa? Parece que isso já virou rotina, não é mesmo? – brinquei.
— Convencida. – disse Ema, com um pequeno sorriso. — Deveríamos comemorar, não acha?
— O que sugere? – envolvi o pescoço de Ema com os braços.
— Um barzinho mais tarde? É o que posso pagar nesse momento. Depois pago uma refeição em um restaurante chique pra você. – disse ela.
— Eu topo. – sorri.
— Te pego no trabalho?
— Como vai?
— De carro de aplicativo.
— Hm. A senhorita precisa de um carro, sabia?
— Eu tenho. Meu carro está parado há tanto tempo que tenho até medo de ligar o motor.
— Nada contra o seu Mustang, mas ele parece mais um carro de colecionador do que um veículo de passeio. Talvez devesse considerar algo mais atual.
— Sendo sincera, prefiro outro tipo de veículo. – disse ela.
— Moto? Ouvi dizer que você gosta de motocicletas. – comentei.
— Gosto, mas a moto que desejo não cabe no meu orçamento. – Ema respondeu com um sorriso tímido.
— Eu posso comprar pra você.
— Eu não me sentiria bem com isso.
— Ema, para de ser boba. Eu quero te dar a moto. Custa aceitar? – questionei.
— Não posso aceitar.
— Que mulherzinha cabeça dura. –bufei. — Nesse caso, eu vou comprar uma moto para mim.
— É mesmo? Desde quando gosta de motos? – Ema franziu a testa, desconfiada.
— Desde agora. E fim de conversa. Eu vou comprar e deixar na garagem. E a chave vai ficar pendurada lá, então você pode usar ela quando quiser.
— Você está tentando burlar o sistema, não é isso? – Ema me olhava.
— Não, de repente fiquei com vontade de ter uma moto. Não posso?
— Claro que pode, mas duvido que tenha habilitação para motocicletas.
— É um mero detalhe.
— Ok, Sarah. Você venceu novamente. Parece que você costuma me vencer pela insistência. Eu aceito a moto, mas com uma condição, eu vou te ressarcir.
— Posso escolher como? O meu banco aceita favores sexuais. – brinquei.
— Nada de favores sexuais, pagarei com dinheiro.
— Eu iria preferir do outro jeito, mas tudo bem. – me afastei um pouco e ofereci a mão direita. — Sem juros e com suaves parcelas.
— Tá, eu aceito. – Ema apertou minha mão.
— Promete que não vai se pôr em risco? Anda devagarzinho e redobra o cuidado. – pedi.
— Eu não irei ser imprudente.
— Ah, outra coisa, nada de outras mulheres na garupa. Eu fico enciumada só de imaginar outra mulher agarrada a você. – confessei.
— Algo mais?
— Sim, vai me levar pra passear de moto?
— Claro.
— Gostei disso. – sorri.
— Mudando de assunto, está com fome? – Ema se aproximou mais de mim,  um sorriso travesso estava em seus lábios.
— Depende. De você? – sorri também. Ema me sentou na bancada da pia e ficou entre minhas pernas, suas mãos acariciaram minhas coxas. Suspirei ao sentir seus lábios no meu pescoço.
— Ema... Se continuar a fazer a isso, vai precisar me foder.
— Hm. – ela beijou meus lábios com desejo. Pus a mão direita em sua nuca, entrelaçando meus dedos em seu cabelo e correspondi ao beijo, prolongando-o. Ema se livrou da minha toalha. E me puxou para a beira da bancada. Agachou-se em minha frente e segurou com firmeza em minhas coxas, sua boca deslizou por uma delas, me fazendo arrepiar. Logo, senti os lábios de Ema em meu sexo, sugando-o. Soltei um gemido e fechei os olhos. Deixei uma das mãos no cabelo de Ema, e a outra sobre a bancada. Apertei as panturrilhas contra as costas de Ema, mantendo sua cabeça entre minhas pernas.

CONTINUA...

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora