Capítulo LXVII

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Avancei em direção a Sarah, eliminando a distância entre nós enquanto nossos corpos se fundiam em um beijo ardente. Minhas mãos exploraram delicadamente a curva da sua cintura, descendo até suas coxas, erguendo-as simultaneamente para envolvê-las em meu quadril.
Sarah apoiou o braço esquerdo em meus ombros e interrompeu nosso beijo suavemente.
— Não pense em nada — sussurrou enquanto seus lábios exploravam meu pescoço, provocando-me com suas carícias. Fechei os olhos por um momento, entregando-me às sensações que ela despertava em mim.
Com destreza, a mão direita de Sarah desabotoou minha calça. Antes que eu pudesse objetar sobre a prática de intimidades naquele local pouco convidativo e potencialmente perigoso, Sarah tocou-me, fazendo-me arfar.
Sarah segurou firme em meus cabelos, inclinando meu rosto para cima. Sua mordida em meu ombro, mesmo através da blusa, arrancou-me um gemido. Enquanto uma de suas mãos explorava meu sexo,  sussurrei:
— Sarah...
— Shhhh. – Sarah silenciou-me com um breve beijo. — Deixe-me satisfazê-la de todas as maneiras possíveis, Ema.
Em silêncio, permiti que Sarah continuasse, entregando-me às suas carícias em meu pescoço, ciente de que deixariam marcas.
Não sei ao certo quanto tempo se passou, eu estava entregue ao toque dos dedos de Sarah, quando um impulso prazeroso acometeu meu corpo, me fazendo agarrar o pulso de Sarah.
— Pare. – murmurei, apoiando meu queixo em seu ombro, permitindo que minha testa encontrasse o tronco da árvore. Minha respiração estava irregular, o eco do prazer ainda reverberando em meu corpo. Enquanto isso, Sarah começou a acariciar meus cabelos com sua mão esquerda, um gesto terno que, embora diferente da intimidade da outra mão, parecia harmonizar-se perfeitamente com o momento.
— Eu te amo, Ema. – a voz suave de Sarah ressoou suavemente perto do meu ouvido.
— Sarah, eu... Bem, eu gosto de você. Gosto mesmo. Certamente é amor, mas tenho um pouco de dificuldade em expressar isso em palavras. – expliquei. — Desculpa, ainda estou trabalhando nisso.
— Não precisa dizer que me ama, sua boba. Eu sinto que é recíproco. – Sarah acariciou meu rosto, seu sorriso era encantador.
— Obrigada, o banho frio e o sexo inesperado me deixaram desnorteada. Seu plano funcionou. – sorri.
— É infalível. – Sarah mordiscou meu lábio inferior e puxou-o devagar. — Não quero te pressionar, mas poderia tomar uma lição com a Mariana nos próximos dias? Eu quero ser dominada por você no meu quarto secreto.
— Eu tenho tempo de sobra, mas a Mariana precisa aparecer na sua casa.
— O que acha de aprender por observação? – Sarah indagou com um sorriso malicioso no rosto.
— Ô céus... O que está planejando? – franzi a testa, soltando Sarah suavemente.
— Podemos assistir a uma sessão da Mariana e da Daniele. O que acha? – Sarah sugeriu.
— Aquilo que aconteceu na sala da sua casa em Santa Mônica não foi o suficiente? – perguntei.
— Não, aquilo foi muito brando. Você precisa ver a Mari e a Dani usando o quarto secreto delas. – Sarah parecia empolgada.
— Confesso que tenho um pouco de receio disto. – respondi, hesitante.
— Você pode pensar sobre o assunto? Não vou te obrigar a fazer algo que não quer, mas a observação é um bom meio de aprender, não acha? – Sarah sugeriu, com um olhar persuasivo.
— Vou pensar sobre o assunto. – murmurei, aproximando meus lábios do ouvido de Sarah. — Encontre uma roupa. Vamos continuar nossa caçada no banheiro, debaixo de uma ducha quente.

Continua...

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Where stories live. Discover now