Capítulo CI

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Servi Ema. E observei-a tomar um gole da vodka. Seus olhos me ficavam. Quando sua mão dispensou o copo, pondo-o sobre a mesa de centro. Pude sentir seu toque em minha cintura. Nossos corpos se uniram e um beijo surgiu naturalmente.  Teríamos trocado carícias se o interfone não tivesse tocado. Afastei meu rosto levemente.
— Deve ser o porteiro avisando sobre a chegada do entregador.  Eu vou pegar o nosso jantar. Enquanto isso, suba e tome um banho relaxante. O jantar pode esperar.
— Vou tomar apenas uma ducha. Confesso que estou com fome. – disse Ema.
— Eu também, mas de você.  – mordi meu lábio inferior. Ema sorriu.
— Você é uma bela safadinha. – brincou ela.
— Você me deixa assim. – afastei meu corpo.
— Você vai deixar o entregador contente. – Ema comentou, logo deduzi que se referia a minha vestimenta.
— Eu vou por um casaco. – respondi. — A única pessoa que quero deixar contente é você.
— Está funcionando. – Ema seguiu em direção a escada. Seus passos eram desprezados.
Apanhei um casaco no cabideir9 próximo a porta. Vesti-o. E fui até a portaria. O entregador aguardava próximo a guarita com sua robusta mochila quadrada.
— Desculpe a demora. – falei me aproximando.
— Tudo bem, moça.  – disse ele abrindo a mochila. O porteiro nos observava de dentro da cabine. Acenei para ele. — Boa noite, Sr. Pedro.
— Boa noite, Srta. Sarah. – saudou o porteiro, um homem alto e robusto, com um olhar atento e uma postura firme, seus cabelos grisalhos denotando a sabedoria adquirida ao longo dos anos. Durante uma conversa despretensiosa, em uma tarde tranquila enquanto eu estava pegando uma encomenda, descobri que Pedro era casado com Ana, uma mulher extremamente amorosa e paciente. Juntos, eles formavam uma família adorável, completada pelos três filhos: Lucas, Sofia e Gabriel. Enquanto ele estava de serviço na guarita do condomínio, sua dedicação e profissionalismo eram evidentes, sempre cumprimentando os moradores com um sorriso caloroso e mantendo a segurança do local com diligência e cuidado.
O entregador, entregou-me as duas sacolas térmicas contendo as refeições com um sorriso gentil.
— Aqui está sua comida. – disse ele.
— Obrigada... Qual seu nome? – perguntei enquanto recebia as sacolas.
— Diogo. – respondeu ele.
— Obrigada, Diogo. Espero que tenha uma boa noite. – desejei com um sorriso, ao que ele respondeu timidamente com um "obrigado".
Ele era um jovem de aparência tímida, seu uniforme exibia o logotipo da empresa de entrega.
— Eu ia levar sua comida até sua casa, mas o moço disse que eu não poderia entrar. Ele falou sobre uma norma do síndico. – explicou Diogo.
— É, não o leve a mal, é apenas uma norma de segurança imposta por alguns dos moradores. –  comentei, acrescentando em tom de cochicho. — Tem uns moradores antipáticos aqui.
Diogo concordou com a cabeça.
— Não é o seu caso. – disse ele, reconhecendo minha simpatia.
— Obrigada. Bem, preciso ir. Pilote com cuidado. Deve ter uma mãe ou uma namorada preocupadas com você. – falei antes de me afastar, deixando-o com um sorriso tímido e um aceno de despedida.
Quando retornei para casa, segurei as sacolas térmicas com cuidado caminhava em direção a sala de jantar. Ao chegar lá, coloquei a comida sobre a mesa e comecei a arrumá-la, decidindo transformar aquela simples refeição em algo digno de um jantar especial. Tirei as velas aromáticas do armário e as acendi, deixando que seu suave aroma preenchesse o ambiente. Escolhi cuidadosamente um dos meus melhores vinhos da adega, um vintage especial que guardei para ocasiões memoráveis, e o coloquei com delicadeza sobre a mesa. Ao lado, disponibilizei taças de cristal reluzentes, prontas para receber o rico líquido que iria acompanhar nossa refeição. O brilho das taças refletia a luz das velas, criando um ambiente de sofisticação e romance enquanto eu aguardava ansiosamente a chegada de Ema.

Continua...

Olá, gente!
Espero que tenham um dia maravilhoso!Logo mais terá atualização de capítulos ;)

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora