Capítulo CXV

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Apesar da comida do restaurante estar deliciosa, mal podia esperar pela sobremesa. Depois de dividirmos a conta, nos despedimos. Mariana optou por ir para casa com Daniele, onde aproveitariam o tempo livre antes de Daniele ir para a clínica e Mariana passaria no escritório para resolver pendências. O concerto musical teria que ficar para outro dia, já que Ema tinha que trabalhar à noite.
Quando chegamos em casa, subimos para o quarto e, com certa facilidade, convenci Ema a tomar banho comigo. Enquanto me despia, notei que Ema me olhava, mas não percebi o mesmo desejo de outros momentos. Ela parecia tensa.
— Amor, você está bem? – indaguei ao tirar a blusa.
— Estou.
— Está quieta e... Distante. Isso tem alguma relação com o que houve no restaurante? – perguntei com certo receio.
— Não. – Ema se voltou para a pia, onde lavou as mãos e o rosto. Logo pôs seu cabelo para detrás das orelhas e enxugou o rosto com a toalha.
— Ema... – me aproximei dela. — O que de fato está passando na sua cabeça? Se não me disser, vou criar minhas próprias teorias.
— Não se trata da Layla. Não sinto mais nada por ela. A questão... – Ema respirou fundo. — Eu estou preocupada com você.
— Preocupada comigo? – apontei para mim mesma surpresa. — Por quê?
— Sarah, ontem você estava mal, é hoje parece bem. Você realmente está bem?
— Sim. – respondi.
— Você quer fazer sexo comigo, mas, e se eu te causar um gatilho? E se...
— Ema. – segurei seu rosto entre minhas mãos. — Apenas relaxe. É completamente diferente ter a Angelina passando a mão em mim, e ter você. Eu nunca me senti forçada a fazer nada com você. Eu sinto o seu cuidado o tempo todo. Então,  faça um favor a si mesma não se compare com aquela mulher. – pedi.
— Certo. – Ema respirou fundo, e senti seu corpo relaxar.
— Eu te amo, Ema. E cada vez que sinto você junto a mim, eu transcendo de felicidade. – acariciei sua bochecha. Ema apenas assentiu com a cabeça, me olhando nos olhos. Me abraçou suavemente pela cintura e depositou um beijo em meu pescoço.
— Espero nunca decepcioná-la. – disse ela em tom baixo.
— Não vai, amor. – abracei-a pelos ombros e sorri. — Sem pressão, mas já pensou em ser passiva comigo?
— Direta assim?! – Ema me olhou com espanto. — Eu nunca te proibir de me tocar.
— Hoje é um bom dia para fazer isso? – perguntei com um pequeno sorriso preso aos lábios.
— Bem... Podemos fazer isso de forma alternada ou até mútua. – Ema respondeu.
— Você sabe como excitar uma mulher, Sra. Policial. – brinquei.
— Não sabe? Fiz um cursinho de três semanas de como conquistar uma mulher em 24 horas. – Ema embarcou na brincadeira.
— Aaaah, deu certo! – pulei nos braços dela, envolvendo-a com as pernas e braços.
— Você realmente confia em mim. – Ema disse me envolvendo pela cintura.
— Eu posso te confessar uma coisa? – olhei-a, sem soltar meus braços de seu pescoço.
— Sim.
— Eu queria ter passado a manhã com você na cama.
— É mesmo? – Ema exibiu um sorriso tímido. — O turno importa?
— Não, então, pode ser esta tarde? – abri um largo sorriso.
— Você é muito esperta, Sarah Rodrigues.
— Eu tento. – pisquei para ela.

CONTINUA...

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Where stories live. Discover now