Capítulo LXVIII

616 56 2
                                    

Chegamos em casa com as roupas encharcadas, Sarah abriu a porta entre risadas, relembrando a travessura que acabáramos de fazer. Subimos para o quarto, segurando nossos calçados nas mãos, e Nicolas saiu de seu quarto para espiar o que estava acontecendo no corredor.
— O que aconteceu com vocês? – perguntou ele.
— Ih, é uma longa história. – disse Sarah, sorrindo.
— Boa noite, Nick. – eu disse antes de entrar no quarto de Sarah.
— Dorme com os anjos, Nick, porque hoje eu vou dormir com a diabinha. – brincou Sarah, seguindo-me para dentro do quarto. Soltei as botas e agarrei Sarah assim que ela passou pela porta.
— Que maluquice foi aquela, Sarah? Você já havia saído para um lugar assim antes? – perguntei.
— Se a sua pergunta é se transei naquele lugar antes, a resposta é não. Mas digamos que mapeei a cidade e tenho uma lista de lugares para isso. Nada como quebrar regras com uma policial, né? – seu tom era provocativo.
— Queria ter algemas agora. – brinquei.
— Eu tenho, Sra. Policial Gata. Posso te emprestar. Pode me algemar e me revistar toda. Pode até me enfiar numa cela, prometo não pedir um advogado. – Sarah piscou para mim.
Afastei-me um pouco, mergulhando no olhar de Sarah.
— Você parece gostar de flertar com o perigo. – minha mão direita deslizou suavemente até o queixo de Sarah. Um sorriso sutil surgiu em seus lábios, validando minha observação.
— Desde antes do jantar, eu estava ansiosa para estar contigo. – Sarah confessou.
— Está se referindo ao jantar que interrompi?
— Dirigi até os limites da cidade à toa? Ainda está pensando nisso? – Sarah me fitou intensamente.
— Você venceu. – deslizei os dedos pela mandíbula de Sarah. — Não tocarei mais neste assunto. – dei um rápido selinho nela. 
— Ótimo. – Sarah envolveu os braços em meu pescoço. — Que tal um banho quente agora? Depois podemos pedir algo para comer.
Envolvi o quadril de Sarah e a ergui do chão, um sorriso iluminava seu rosto enquanto avançávamos em direção ao banheiro, juntas.
No interior do box, desnudar-nos foi um gesto natural, e as roupas foram rapidamente jogadas sobre o vidro. Assim que Sarah ligou o chuveiro e se posicionou debaixo dele, pude observar a água que escorria por seu corpo, criando um brilho hipnotizante sobre sua pele, tornando a visão verdadeiramente estonteante. Sem hesitar, aproximei-me. Sarah, então, tocou suavemente meu rosto e me presenteou com um beijo delicado. Em resposta, envolvi meus braços em seu corpo, intensificando o momento com um beijo mais apaixonado.
Deslizei as mãos por suas costas, apreciando a suavidade de sua pele sob meus dedos. Logo, meus dedos foram envolvidos pelos cabelos de Sarah. Inclinei-me em direção ao seu pescoço e, suavemente, suguei-o, provocando um arfar dela.
— Ema, você me deixa muito excitada. – sussurrou Sarah perto do meu ouvido.
Virei-a de costas para mim, uma mão acariciando seu seio esquerdo enquanto a outra deslizava suavemente por seu abdômen. Mordisquei sua orelha, provocando uma resposta imediata de Sarah, que inclinou a cabeça para trás. Minha mão direita encontrou seu sexo, já naturalmente lubrificado, e um gemido escapou dos lábios dela quando a penetrei com dois dedos.
O quadril de Sarah se movia ritmicamente contra meus dedos, mergulhados em sua intimidade. Ao pressionar seu seio esquerdo, um gemido escapou dos lábios de Sarah, ecoando pelo ambiente, enquanto seus sentidos eram inundados com beijos delicados em seu pescoço. Ao mesmo tempo, sussurrei um aviso ao pé do ouvido dela:
— Você não tem permissão para gozar.
— Ema. – Sarah protestou, pronunciando meu nome em tom de desaprovação. Firmei minha mão esquerda em seu cabelo, mantendo-a sob controle, enquanto continuava a estimulá-la com a mão direita, aprofundando cada vez mais meus movimentos.
— Ema, por favor... – ela implorou para gozar, seu sexo contraiu-se em meus dedos, mas minha resposta foi firme:
— Não.
— Por favor. – um apelo choroso saiu de seus lábios. Apesar disso mantive minha decisão.
Sarah lutava para não me desobedecer, às vezes apertando minha mão entre suas coxas, impedindo-me de penetrá-la mais profundamente.
Quando percebi que seu corpo estava exausto de lutar contra o orgasmo, beijei suavemente seu ombro e murmurei:
— Agora.
Sarah se entregou completamente em meus dedos, gemendo enlouquecidamente. Por um momento breve, um receio se instaurou em minha mente, temendo que Nicolas pudesse ouvi-la.
— Nossa... – Sarah apoiou as mãos na parede à sua frente, sua respiração parecia ofegante. — Eu realmente precisava disso.
— Estou feliz pelas paredes e pela água morna. – confessei, sorrindo. Sarah virou-se em minha direção.
— Me foder não te deixa feliz? – ela perguntou, com um sorriso travesso nos lábios.
— Bastante. – respondi. — Porém, estava com frio. Espero não ter que enfrentar a água fria novamente nos próximos dias, quero evitar um resfriado.
— Não te esquentei com meu corpo? – Sarah envolveu os braços em meu pescoço, um sorriso malicioso dançando em seus lábios.
— Sim, você é uma mulher muito quente. – sorri.
— Eu sou como um vulcão em erupção, amor. – ela brincou antes de me dar um selinho. — Agora, vou te alimentar.
Após o banho, vestimos roupões e fomos para a cozinha. Lembrando-me do incidente contado por Lourdes, antecipei-me e coloquei uma lasanha no micro-ondas. Ocupei um lugar à mesa, e Sarah sentou-se sobre minhas pernas. Abraçando-a por trás, respirei fundo em seu pescoço, seu perfume natural era tão envolvente.
— Você tem certeza que não quer pedir comida? Não vai demorar mais que uns 40 minutos para chegar. – disse Sarah.
— Tenho certeza. – apertei os braços em volta do tronco de Sarah. — A lasanha vai ficar pronta em instantes. E podemos comer assim, sem nos preocupar com vestimentas.
— Certo, me convenceu. – Sarah girou o corpo para a direita, colocando seu braço sobre meus ombros. — Adoro ficar à toa com você, sabia?
— Eu também. – acariciei o queixo de Sarah, olhando-a com admiração. — Não sabe o quanto detesto me apaixonar.
— Ema Campos confessando estar apaixonada? Isso é um milagre? Acho que a água fria te adoeceu. – Sarah gargalhou, causando-me uma careta.

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Where stories live. Discover now