Capítulo LVI

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(Sarah narrando)

Retornei à recepção e encontrei Nicolas inquieto. Logo, ele se levantou do banco.
— A Ema está bem?
— Sim, a enfermeira está terminando os curativos. – apoiei a mão no ombro de Nicolas. Preciso fazer umas ligações, você pode ficar com a Ema?
— Claro. – Nicolas assentiu com agitação.
— Você ainda está com sua arma?
— Não, está na delegacia.
— Tudo bem. – olhei ao redor, conferindo os rostos dos funcionários e pacientes na recepção do hospital. — Nick, você conhece muita gente nesta cidade, não é? – voltei a olhar para ele.
— Sim, está suspeitando de algo?
— O prefeito não ficará feliz com o que vou fazer. Assim que a Ema for liberada, leve-a para o seu carro e saia da cidade com ela. Eu vou logo depois. Não importa o que a Ema diga para você, tire-a da cidade, entendeu?
— Entendi.
— Agora cuide dela. – saí andando. Fui até o estacionamento, onde havia deixado meu carro. Mariana e Daniela aguardavam próximas a ele.
— Sarah, vou tirar a Daniele desse antro de malucos. – disse Mariana.
— Mari, preciso da sua ajuda. Prometo que depois disso, iremos embora. – avisei.
— Como está a Ema? – Daniele perguntou.
— Bem, teve apenas pequenos cortes nas mãos. Vai se recuperar logo.
— E a maluca?
— Infelizmente, ainda está viva. – respondi.
— Para que quer minha ajuda? – Mariana indagou.
— Temos que ir até a casa da Ema. Ficaremos lá até a chegada da polícia. Norman sempre se vangloriou de o pai ter controle sobre a polícia da cidade. Certamente, o delegado vai sumir com a arma a pedido do prefeito, e perderemos uma prova importante. Eu quero que a arma seja periciada para colher as digitais de Norman. A arma pode estar registrada no nome do pai dela, ou talvez seja ilegal. Isso vai complicar a situação dela. – expliquei.
— Você quer se enfiar no meio desse fogo cruzado? Não podemos simplesmente ir embora? Quando estávamos longe daqui, tomamos as providências cabíveis. – disse Mariana.
— Não, você deixaria para lá se alguém apontasse uma arma para a Daniele? – indaguei chateada. — Norman queria matar a Ema, e não o fez porque a Ema conseguiu desarmá-la. Se a Ema não tivesse conseguido fazer isso, poderia estar morta ou seriamente ferida. E eu me sentiria culpada por isso, porque me envolvi com Norman, e agora ela usa isso como motivo para perseguir a Ema.
— Merda, Sarah... – Mariana bufou. — Se isso me causar problemas, eu... Afff! Vamos logo, antes que eu me arrependa. – Mariana entrou no carro, ocupando o banco do passageiro.

Continua...

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora