Capítulo LXXI

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Após um banho revigorante, nos vestimos para a jornada que nos aguardava. Ema ajustava cada peça de sua vestimenta medieval com atenção meticulosa, enquanto se familiarizava com o traje. As roupas moldavam-se ao seu corpo com precisão. Um espartilho robusto esculpia sua cintura, oferecendo suporte aos seus seios.
As pernas de Ema estavam envoltas pela calça preta de couro, enquanto um cinto marrom adornava sua cintura, em perfeita harmonia com as botas de cano alto que protegiam seus pés. Na cintura, uma réplica reluzente de espada pendia, pronta para ser desembainhada a qualquer momento.
Uma capa escura caía majestosamente dos ombros de Ema até os joelhos, conferindo-lhe uma aura de mistério e autoridade. Seus braços estavam envolvidos pelas mangas justas da blusa, enquanto luvas pretas cobriam suas mãos até os cotovelos, garantindo proteção e destreza em igual medida.
O decote em “V” de sua blusa deixava seu colo livre. Sua fantasia emanava uma aura ameaçadora e ao mesmo tempo sedutora, fazendo-a conquistar meu coração instantaneamente.
— Você nasceu para usar isso. – murmurei, lutando para manter a compostura. Eu me esforçava para não sucumbir completamente aos encantos dela, resistindo à tentação de me entregar em seus braços.
— Não faço a menor ideia de como vou conseguir sentar, comer ou usar o banheiro. – disse Ema, com um sorriso nos lábios.
— Não se preocupe, podemos afrouxar um pouco o espartilho na hora do jantar. – me aproximei dela. — Eu também estou sentindo meus órgãos sendo esmagados. – ri.  — Mas pelo menos ficamos bonitas.
Eu estava envolta em uma fantasia de camponesa medieval, emanando uma aura de beleza simples e autêntica. Meu vestido, feito de tecido rústico, possuía uma saia longa e volumosa que deslizava suavemente pelo chão a cada passo que eu dava. A parte superior do traje abraçava minhas curvas, enquanto as mangas largas adicionavam um toque de elegância à minha figura.
Um avental de linho adornava meu corpo, amarrado com um simples laço na cintura. Meus cabelos estavam trançados de maneira simples, enfeitados com delicadas presilhas de flores silvestres, que realçavam minha feminilidade de forma singela.
Nos pés, calçava botas de couro discretas, cuidadosamente ocultas sob o vestido. Essa indumentária me transportava para uma outra era, fazendo-me sentir como se tivesse viajado no tempo.
— Você é uma belíssima camponesa. Acho que valeria a pena morrer por você. – disse Ema. Estalei a língua e neguei com a cabeça.
— Sem mortes, encontraríamos uma maneira de ficarmos juntas. – coloquei as mãos sobre os ombros de Ema, sentindo sua capa. — Pronta?
— Sim, só não sei o que nos aguarda. – concordei, ponderando sobre o evento  desafiador que se desenrolava diante de nós.

Continua...

Olá, gente! Tudo bem?
Quem gostaria de mais capítulos neste feriadão?

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Where stories live. Discover now