Capítulo XXXVIII

757 66 14
                                    


Mariana me ofereceu um pedaço de corda, que logo reconheci como a mesma escolhida por Daniele na loja de materiais de construção, junto ela havia um cinto preto. Recebi ambos e aguardei instruções. Estávamos devidamente vestidas e secas, exceto por nossos cabelos, que ainda estavam úmidos. Mariana dirigiu seu olhar para Daniele, que prontamente se uniu a nós. Enquanto isso, Sarah nos observava, mantendo uma distância de aproximadamente um metro.
— Eu te dou permissão para obedecer a Ema, mas não ouse ficar molhada, ou vou te dar dez chicotadas nas coxas. – disse Mariana. Daniele abaixou a cabeça, fitando o chão.
— Quê?! – indaguei. — Eu só vou amarrá-la, não é?
— Sim, mas Daniele gosta disso. Facilmente gozaria sentindo o seu toque. – explicou Mariana.
— Nossa... – engoli seco e virei-me para buscar o rosto de Sarah. Seu semblante parecia tranquilo, apesar da situação embaraçosa.
— Gostaria de usar qual item primeiro, Ema? – perguntou Mariana.
— A corda. – respondi.
— Boa escolha. – Mariana estendeu a mão, e depositei o cinto sobre ela. — Dani, vire-se. E ponha as mãos atrás das costas. – ordenou. Daniele atendeu ao comando, evitando o contato visual com Mariana.
— Existe uma forma correta de amarrar? – indaguei.
— O que acha? Tem uma tesoura? Ou qualquer utensílio que possa cortar a corda se precisar liberar Daniele com urgência? – questionou Mariana. Acenei negativamente com a cabeça. — Então, não dê um nó cego.
— Posso improvisar? – perguntei.
— Não pergunte a mim, pergunte a ela. Eu já te dei meu consentimento. – Mariana respondeu.
— Dani, eu posso te prender da maneira que eu quiser? – perguntei.
— Sim, senhora. – Daniele respondeu, permanecendo de costas para mim.
— Certo. – observei a corda e, após pensar por alguns instantes, improvisei um nó de algemas e passei as mãos de Daniele por entre as aberturas, prendendo os pulsos dela.
Mariana cruzou os braços, me analisando.
— Bela iniciativa. – ela disse com um sorriso tímido nos lábios. — Agora, faça essa vadia ajoelhar para você.
— Tá... – olhei na direção de Sarah. Ela estava um pouco mais próxima.
— Estou bem. – Sarah respondeu, me tranquilizando.
— Me diga, Ema, quem é a domme da relação? Deixe Sarah ver que outras cadelas podem substituí-la se ela não te servir direito. – disse Mariana. — Agora ordene que Daniele se ajoelhe para você. Vamos. Faça logo.
— Me permite tomar minhas próprias decisões? Ou devo te obedecer sem fazer perguntas? – perguntei para Mariana, um tanto incomodada com o tom autoritário dela.
— Apenas faça. – disse Mariana.
— Dani, ajoelhe. – ordenei. Daniele se ajoelhou, permanecendo de costas para mim. A calça e o capim rasteiro protegiam seus joelhos do chão duro.
— Nessa posição, você poderia facilmente agarrá-la pelos cabelos e fazê-la lamber entre suas pernas. – Mariana sugeriu observando Daniele. — Mas isso não faz parte do nosso acordo.
— Hm. – me agachei para liberar os pulsos de Daniele.
— Use o cinto. – Mariana ofereceu o cinto de couro.
— Eu me candidato. – Sarah ergueu a mão direita. — Meus braços estão em perfeito estado, posso ser voluntária no treino. – justificou.
— Não sei. – me ergui.
— Por favor, Ema. A menos que prefira a Dani. – disse Sarah.
— Não, claro que não. – respondi imediatamente.
— O que me diz? – Sarah ofereceu os pulsos.
— Ok. – respirei fundo. — Obrigada, Dani. Pode se levantar.
Daniele se levantou, virou-se para mim sem encarar meus olhos e expressou sua gratidão:
— Foi um prazer servi-la, senhora.
— Obrigada. – respondi um tanto desconcertada.
— Vá para a barraca. Quando eu terminar o dever, vou conferir se ficou molhada para Ema. – anunciou Mariana.
Daniele assentiu, concordando com a instrução de Mariana.
— O lance das chicotadas é real? – perguntei.
— Claro. – respondeu Mariana.
— Isso é realmente necessário? Não acho que Dani tenha se excitado comigo. Se ela ficou molhada, foi por estar diante de você. – justifiquei.
— Minha serva, minhas regras. – afirmou Mariana.
— Tá, desculpe. – pressionei os lábios um contra o outro.
— Ema, me prenda. – Sarah manteve os braços estendidos. — Eu estou precisando disto desde ontem à noite.
— Vamos, Ema. Prenda ela. – incentivou Mariana. Passei o cinto em volta dos pulsos de Sarah, deixando-o bem justo.
— Isso... Ahhh... – Sarah disse com voz arrastada, o prazer em seus olhos era quase palpável.
— Gosta disso? – puxei-a pela parte excedente do cinto, fazendo-a ficar mais perto de mim. Subi a mão livre para seu cabelo e me inclinei, beijando a curvatura entre seu ombro e seu pescoço. Sarah gemeu.
— Droga, Ema... – Sarah disse em tom choroso. — Se não vai me foder, por que me torturar desse jeito?
— Quem disse que eu não vou te foder? – murmurei perto do ouvido dela.
— Agora? Por favor, Ema, agora. – Sarah suplicou.
— Sim, agora. – respondi, afastando meu corpo. Liberei os pulsos dela e ofereci o cinto para Mariana.
— Certifique-se de manter a segurança de Sarah. – aconselhou Mariana.

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Where stories live. Discover now