Capítulo CXXIV

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Quando Ema entrou no quarto, eu estava sentada na cama, envolta em um robe preto, com meu cabelo preso em um coque desestruturado. Enquanto eu massageava uma das minhas pernas com hidratante.


- Testar minha resistência? - indagou Ema, dando passos em minha direção. - Você é insaciável, Sarah.


- Não posso negar, amor. - respondi, sorrindo para ela. - Você me deixa assim.


- Eu só estava comendo. - disse Ema, sentando ao meu lado e estendendo as pernas. Suspirei, observando como as calças se ajustavam perfeitamente às suas coxas, marcando-as levemente. O desejo crescia dentro de mim.


- Ema, você me deixa acesa. O que posso fazer? Eu te olho e fico louca para te sentir. Tudo em você me atrai. - confessei, olhando-a nos olhos.


- Você está obcecada. - disse Ema, colocando um braços sobre meus ombros. - Acho que nunca namorei alguém que fosse tão obcecada por mim.


- Contente-se, será a primeira e última vez. - respondi, encontrando seu olhar. - Não estou brincando, Ema. Eu não sei se suportaria ficar sem você. Eu quero passeios no parque aos domingos, eu empurrando um carrinho de bebê, você segurando a guia do nosso cachorro São Bernardo. Isso é pedir muito?


- Um São Bernardo? Isso é bem específico. - ela sorriu.


- Você quer, Ema? Você quer construir um futuro comigo? - perguntei ansiosamente.


- Claro, Sarah. - respondeu Ema, acariciando meu braço. - Mas daqui algum tempo, quando tivermos uma base mais sólida.


- Minha vida já é sólida. Você sabe que posso arcar com os custos de uma criança. - insisti.


- Eu sei, mas bebês precisam de atenção. Como iríamos cuidar de um bebê e trabalhar? Não é justo que toda a responsabilidade recaia sobre uma babá. - explicou Ema com calma e ternura.


- Minha jornada de trabalho é flexível. - argumentei.


- Sarah... Eu te amo, e espero que em algum momento nossos objetivos se alinhem. Mas no momento não são os mesmos. Eu não estou pronta para ser mãe, e infelizmente, não sei se algum dia estarei. Espero que me compreenda. - disse ela com sinceridade. - Não vou decidir nada por você. Se deseja ser mãe, faça. Mas não me cobre algo que não posso te dar neste momento. Eu sou sua namorada, e serei indiferente à sua escolha. Lamento se estou te decepcionando, mas prefiro ser sincera com você.


- Eu entendo, não vou ter um bebê agora. Nem havia pensado nisso antes de te conhecer. Se você não está pronta, tudo bem. Quando estiver, faremos isso juntas. Para mim não faz sentido começar uma família sem você comprometida tanto quanto eu. - expliquei.


- Ok. - disse Ema, levantando-se. - Tem mais alguma coisa a dizer? Eu vou tomar banho.


- Você está assustada com minha intensidade? - perguntei.


- Não. - respondeu ela.


- Eu casaria com você hoje mesmo. Tenho tanta certeza sobre meu amor por você. - declarei.


- Sem casamento, ao menos por enquanto, certo? - pediu Ema.


- Como você é escorregadia. - levantei-me, sorridente. - Algum dia vou te deixar tão satisfeita na cama que você vai suplicar para que eu case com você. E eu vou negar, direi que você serve apenas para me dar prazer.


- É mesmo, Sarah? - desafiou Ema, cruzando os braços. - Deveria tentar. Vai precisar ser bastante resistente se quiser me convencer de que estou errada. E que devo aceitar sua proposta de casamento, agora.


- Isso é um desafio, Ema? - arqueei uma sobrancelha. - Se eu te fizer pedir arrego, você vai me deixar escolher a data do nosso casamento. Do contrário, você escolhe.


- Hmm. - Ema descruzou os braços, pensativa. - Se eu ganhar, você sabe que o pedido pode levar anos para ocorrer?


- Sei, mas eu vou ganhar. E você, querida Ema, já pode escolher o tecido do seu vestido de casamento. - ofereci a mão direita. - Acordo feito?


- Claro, eu vou ganhar. - Ema apertou minha mão com firmeza.


- Não mesmo. - ri alto.

CONTINUA...

Olá, gente!!!
Quem se atreve a apostar?
Ema ou Sarah?

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Where stories live. Discover now