Capítulo CXII

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Lourdes se anunciou antes de entrar no quarto. Ema é eu estávamos sentadas a cama. Eu comia o café da manhã.
— Sarah, suas amigas estão na sala.
— Que amigas? – indaguei confusa.
— A advogada e a outra.
— Mari e Dani? – arqueei uma das sobrancelhas.
— Sim, você vai descer ou elas vão subir?
— O que elas estão fazendo aqui? – olhei para Ema, que deu de ombros. — Deixa elas subirem. Espero que seja uma visita rápida.
— Sarah, são suas amigas. Por que não parece animada com a visita? – Ema perguntou.
— Você disse fez planos para a gente. Eu quero seguir o seu cronograma. – respondi.
— Sarah, devo trazer algo para suas amigas? – Lourdes indagou.
— Depois.

***

Mariana entrou no quarto seguida por Daniele, ambas vestidas de forma casual, indicando que não planejavam ir trabalhar.
— Olá, dorminhoca. Eu te enviei algumas mensagens, mas você nem visualizou. – disse Mariana.
— Ema está me alimentando. Prioridade, primeiro a comida, depois o sexo e depois eu penso nos meros mortais como você. – respondi com ironia, fazendo Mariana revirar os olhos.
— Eu lasquei pelo menos três unhas estapeando a Lina. E você me chama de mera mortal? Eu sou uma Deusa, mon petit.
— Uma Deusa? Sei. – sorri. — Hoje, você está tão modesta.
— Sarah, a Mari me contou sobre o incidente. Lamento muito. Convidamos as pessoas mais próximas, e imaginávamos que seria uma noite alegre. – disse Daniele.
— Está tudo bem. – respondi. —Prefiro não falar mais sobre o ocorrido. Eu quero focar em coisas boas. E a propósito, a que devo a visita?
Daniele e Mariana se entreolharam.
— Como assim? Fomos convidadas para um encontro de casais. Ema não te contou? – indagou Mariana.
— Não contei, eu quis fazer uma surpresa para Sarah. – disse Ema.
— Encontro de casais? O que faremos? – perguntei intrigada.
— O mais agradável seria sexo grupal, mas as puritanas não concordariam. Então, faremos coisas de casal brega. –  disse Mariana.
— Ela está brincando, gente. – disse Daniele. — Vamos andar de pedalinho, assistir um filme romântico, almoçar em um belo restaurante e terminar a noite assistindo um concerto musical.
— Eu sei, estão tentadas a aceitar a minha sugestão agora. – Mariana cruzou os braços.
— Eu aceito a sugestão da Dani, mas eu quero uma pausa livre de duas horas  à tarde. – sugeri.
— Para quê? – questionou Mariana.
— Hidro? Cama redonda? Isso te lembra algo? – respondi.
— Prostitutas. – respondeu Mariana, recebendo um olhar de julgamento de Daniele. — Eu nunca precisei pagar, mas tenho amigas que já usaram o serviço.
— Mari, cala a sua boca. Quer que a Dani te deixe sozinha no altar? – indaguei com implicância.
— Ela não partiria meu coração dessa forma.
— Não mesmo, eu usaria um bisturi cirúrgico. – disse Daniele, me fazendo rir.

Continua...

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora